Trump ignorou ex-aliados de que fraude eleitoral era infundadaTrump ignorou ex-aliados de que fraude eleitoral era infundada

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Ex-aliados de Donald Trump afirmaram que o ex-presidente norte-americano ignorou os alertas de que as declarações sobre fraude eleitoral em 2020, que estaria favorecendo Joe Biden, eram “absurdas” e “infundadas”. Em audiência na Câmara dos EUA nesta 2ª feira (13.jun.2022), o comitê que investiga a invasão ao Capitólio apresentou depoimentos e ouviu testemunhos.

Segundo a 2ª sessão do comitê, Trump deliberadamente incentivou uma narrativa de fraude e conspirações eleitorais, ignorando as opiniões de seus aliados.

“Não havia interesse em quais eram os fatos”, declarou, por vídeo, o ex-procurador-geral William Barr. Ele afirmou ter aconselhado Trump sobre a falta de evidências quanto à fraude mencionada pelo ex-presidente. Ao comitê, Barr disse que Trump tinha “se desconectado da realidade”.

Em depoimento gravado, o presidente da campanha de Trump para as eleições de 2020, Bill Stepien, e o ex-assessor da presidência Jason Miller disseram que pediram para Trump não declarar vitória na noite de eleição.

Ao invés de ouvi-los, Trump teria escutado o ex-prefeito de Nova York, Rudy Giuliani, que pressionou o ex-presidente a declarar vitória antes do fim da contagem dos votos.

O ex-editor de política da Fox News, Chris Stirewalt, prestou depoimento presencialmente. Ele havia anunciado Joe Biden como vencedor no Estado de Arizona antes da maioria dos meios de comunicação, o que desagradou Trump e os Republicanos. Em depoimento, afirmou que as chances de Trump ganhar as eleições eram “nulas”.

Bjay Pak, ex-procurador distrital dos EUA em Atlanta, disse que Barr pediu investigações sobre uma fraude eleitoral e “não conseguiu encontrar qualquer evidência”.

A campanha de Trump arrecadou U$ 250 milhões com as declarações de que a eleição de 2020 foi manipulada, segundo o comitê que investiga a invasão ao Capitólio.