Biden, Amazônia e eleições: confira destaques da viagem de Bolsonaro aos EUA

Presidente voltou para o Brasil neste domingo após agenda marcada por temas que já renderam críticas ao chefe de Estado

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O presidente Jair Bolsonaro cumpriu agendas nesta semana nos Estados Unidos, onde participou da IX Cúpula das Américas, em Los Angeles. O balanço dos eventos oficiais no exterior foi avaliado por ele como positivo. Nas declarações, discursos e diálogos bilaterais, o chefe de Estado brasileiro falou sobre temas como meio ambiente, economia e eleições.

A aproximação com o presidente norte-americano Joe Biden, a proteção à Amazônia e os entendimentos sobre processo eleitoral e democracia estiveram entre os principais tópicos da agenda dos últimos dias. Bolsonaro participou de encontros bilaterais, discursou na Cúpula, inaugurou um vice-consulado e teve conversas com Biden, Iván Duque Márquez, presidente da Colômbia, e Guillermo Lasso, do Equador.

O destaque ficou com a relação com o governo dos Estados Unidos, após o chefe do Executivo brasileiro ter promovido uma série de defesas de Donald Trump, opositor de Biden. Segundo Bolsonaro, o entendimento que ele tem sobre Biden agora é “bem melhor”. “Nunca havia conversado com ele. Tinha um pensamento lá de longe. E, depois dessa conversa pessoal, tive um entendimento bem melhor do senhor Joe Biden”, definiu.

Além de uma conversa aberta ao público, os dois também se reuniram de forma reservada, por cerca de 30 minutos, o que Bolsonaro definiu como uma “experiência simplesmente fantástica”. “Estou realmente maravilhado e acreditando em suas palavras e naquilo que foi tratado reservadamente entre nós”, disse. Na última sexta-feira (10), o presidente brasileiro chegou a se confundir e afirmar que esteve com Trump, mas corrigiu e citou o nome correto do atual presidente norte-americano.

Meio ambiente

Durante o discurso na Cúpula das Américas, o chefe do Executivo brasileiro falou que o país é um dos que mais preservam o meio ambiente no mundo. “Temos a matriz energética mais limpa e diversificada do mundo. Mesmo preservando 66% de nossa vegetação nativa e usando apenas 27% do nosso território para a pecuária e agricultura, somos uma potência agrícola sustentável”, exemplificou Bolsonaro.

Durante a fala, ele avaliou ainda que “nenhum país possui uma legislação ambiental tão completa e restritiva”. “Nosso Código Florestal deve servir de exemplo para outros países. Afinal, somos responsáveis pela emissão de menos de 3% do carbono do planeta, mesmo sendo a décima economia do mundo”, completou.

Eleições

O tema das eleições também esteve muito presente nos discursos e entrevistas. De acordo com um comunicado da Casa Branca, Bolsonaro e Biden conversaram sobre apoiar a renovação democrática. O tema é caro aos americanos, e Bolsonaro ataca o sistema eleitoral brasileiro de forma recorrente.

Bolsonaro voltou a levantar suspeitas sobre o pleito brasileiro, mas disse que deixaria a Presidência da República “de forma democrática” em eventual derrota em outubro e deu um tom mais leve aos questionamentos às urnas. “Neste ano, temos eleições no Brasil e queremos, sim, eleições limpas, confiáveis e auditáveis, para que não sobre nenhuma dúvida após o pleito. Tenho certeza que ele será realizado nesse espírito democrático.”

Motociata

No sábado, último dia da viagem, o presidente participou de uma motociata em Orlando, na Flórida. Um grupo de motociclistas brasileiros se reuniu em uma rua para seguir o chefe do Executivo, que liderou a comitiva. Bolsonaro fez discurso aos apoiadores que se reuniram ao redor dele. “Com uma aproximação com o atual presidente [Joe Biden], bons frutos colheremos para todos nós.”

O evento foi transmitido pelas redes sociais do presidente. Enquanto dirigiam pela cidade, os manifestantes buzinavam e gritavam palavras de ordem. Simpatizantes de Bolsonaro nas calçadas balançavam bandeiras do Brasil e gritavam em apoio ao presidente.

Antes disso, o presidente tinha inaugurado o vice-consulado do Brasil em Orlando. Em discurso, ele repetiu que pretende passar o cargo de presidente de forma democrática. “Eu só peço a Deus, lá na frente, bem lá na frente, poder entregar para quem me suceder democraticamente um Brasil bem melhor do que aquele que recebi em janeiro de 2019”, disse o presidente.

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Fonte r7
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