Biden defende democracia em abertura da Cúpula das Américas
Em Los Angeles, presidente norte-americano inaugurou evento reforçando que regime é “ingrediente essencial” do continente
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, destacou a importância de preservar a democracia “em um momento em que está sob ataque no mundo” durante a abertura da 9ª Cúpula das Américas nesta 4ª feira (08.jun.2022), em Los Angeles.
O regime político foi definido como um “ingrediente essencial” e uma “marca” do continente americano por Biden. O norte-americano deve realizar encontro bilateral com o presidente Jair Bolsonaro (PL) na 5ª feira (09.jun.) pela 1ª vez desde que assumiu o cargo, em janeiro de 2021.
Antes, a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, abriu a cerimônia reforçando a necessidade de coordenação entre os chefes de Estado das Américas para o enfrentamento a desafios como “a crise climática, a insegurança alimentar, a desigualdade econômica, a corrupção e a violência de gênero”.
“Quando penso nesses desafios, tenho certeza de que eles exigirão coalizões novas e inovadoras para resolver. Por isso, o presidente Joe Biden e eu vemos esta semana como uma oportunidade para todos nós – para lançar novas iniciativas, para iniciar novas conversas e construir novas parcerias”, disse Harris.
Biden deve apresentar no evento, que vai até 6ª feira (10.jun.), um plano econômico chamado Parceria das Américas para a Prosperidade Econômica.
O acordo abrange 5 áreas: fortalecimento das cadeias de suprimentos regionais; promoção da descarbonização e da biodiversidade; facilitação do comércio sustentável e inclusivo; atração de novos investimentos na região; e a atualização do “contrato social” entre governos e sociedades, segundo o governo norte-americano.
A Casa Branca foi criticada por não estender o convite a representantes de Cuba, Nicarágua e Venezuela, cujos governos são desafetos de Washington e considerados autoritários.
Em protesto, o presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador disse na 2ª feira que não participaria da cúpula. Foi seguido por Bolívia, Honduras e Guatemala. Já o presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, cancelou a viagem depois de ser diagnosticado com covid-19.