“Não vão nos calar”, diz Francischini após decisão da Segunda Turma do STF
Ministros da Suprema Corte derrubaram decisão monocrática de Nunes Marques que devolveu mandato ao deputado estadual do Paraná
O deputado estadual do Paraná Fernando Francischini (União Brasil) comentou a decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) desta terça-feira (7) que derrubou a decisão monocrática do ministro Kássio Nunes Marques, que devolveu o mandato do parlamentar.
Em vídeo publicado em suas redes sociais, Francischini afirmou que a batalha pelos seus direitos políticos “não acabou”. “Nosso recurso extraordinário ainda não foi julgado pelo STF. Nossa batalha pelo mandato de 427 mil paranaenses não acabou, tornou-se uma causa muito maior: a luta pela liberdade de expressão de todo cidadão nas redes sociais”, disse o deputado, que acrescentou: “Não vão nos calar”.
Entenda o caso
Fernando Francischini (União Brasil) teve seu mandato cassado pelo TSE em outubro do ano passado.
O parlamentar bolsonarista foi investigado por divulgar notícias falsas, em rede social, no primeiro turno das eleições de 2018. Em uma transmissão ao vivo, no dia da eleição, Francischini afirmou que as urnas teriam sido fraudadas ou adulteradas para impedir a eleição de Jair Bolsonaro (PL).
No último dia 2, o ministro Kassio Nunes Marques, do STF, derrubou a decisão do TSE – que, além de cassar o mandato de Francischini, também determinava sua inelegibilidade por oito anos contados a partir de 2018.
A ministra Cármen Lúcia convocou, então, o plenário virtual da Suprema Corte para um julgamento que deveria acontecer em 24 horas, a partir de 00h desta terça-feira (7).
No plenário virtual, os 11 ministros deveriam se manifestar. Como relatora, Cármen Lúcia votou para reverter a decisão de Nunes Marques.
Os ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes acompanharam a relatora, até que André Mendonça pediu vista – o que suspendeu o julgamento virtual.