PIB dos EUA, dados de arrecadação no Brasil e teto para ICMS de energia e combustíveis: os assuntos do mercado hoje

Bolsas operam em sentidos diferentes nesta sessão, com investidores também repercutindo ata do Fomc na véspera, além de projeções de techs

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Os índices futuros de Nova York e bolsas europeias operam próximo da estabilidade, enquanto os mercados asiáticos fecharam com diferentes sinais na manhã desta quinta-feira (26).

Os investidores repercutem os últimos sinais do Federal Reserve (Fed) em relação aos aumentos das taxas de juros nos EUA.

O destaque vai para leitura final do PIB do primeiro trimestre dos EUA (9h30), que mostrou recuo anualizado de 1,4% na preliminar anterior. O dado pode influenciar as expectativas para a economia, depois que a ata da última reunião do Fed manteve otimismo sobre o crescimento, sem mencionar o risco de recessão ou de um aperto mais agressivo do juro.

Atenção ainda para solicitações de auxílio desemprego nos EUA (9h30). O consenso Refinitiv aponta para 215 mil solicitações.

No Brasil, a Eletrobras pode lançar nesta quinta-feira o registro para a sua oferta de ações na CVM e na SEC, enquanto o Conselho de Administração da Petrobras decidiu retardar a convocação de uma AGE.

A Câmara aprovou ontem à noite (25) texto-base de projeto que limita ICMS sobre combustível e energia.

Em indicadores, saem os números do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de abril. O Itaú acredita que o emprego no setor privado continuou a avançar no Brasil e se os números confirmarem isso, será o quarto mês consecutivo do Caged em território positivo. Atenção ainda para os dados de arrecadação de abril.

Confira mais destaques:

1. Bolsas Mundiais

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam estáveis nesta quinta-feira (26), com investidores digerindo a ata da última reunião do Fomc e projeções decepcionantes da Nvidia, uma referência econômica no setor de tecnologia.

As ações da fabricante de chips caíram quase 7% no after market depois que a empresa apresentou uma orientação (guidance) mais fraca do que o esperado para o segundo trimestre. O CFO da empresa disse que a Nvidia desaceleraria as contratações.

Da mesma forma, a ação de software Snowflake caiu quase 14% depois que a orientação da empresa para margem operacional veio mais estreita do que o esperado.

Veja o desempenho dos mercados futuros:

  • Dow Jones Futuro (EUA), +0,18%
  • S&P 500 Futuro (EUA), +0,07%
  • Nasdaq Futuro (EUA), -0,26%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam sem direção única, com o Banco da Coreia anunciando o segundo aumento consecutivo da taxa de juros.

Ainda no radar do continente, estão as declarações do primeiro-ministro, Li Keqiang, sobre a estabilização da economia.

“Devemos nos esforçar para assegurar um crescimento econômico razoável no segundo trimestre, reduzir a taxa de desemprego o mais rápido possível e manter as operações econômicas dentro de uma faixa razoável”, disse o premiê segundo a agência oficial de notícias Xinhua na quarta-feira.

  • Shanghai SE (China), +2,41%
  • Nikkei (Japão), +1,75%
  • Hang Seng Index (Hong Kong), +4,01%
  • Kospi (Coreia do Sul), +1,03%

Europa

Os mercados europeus também operam próximos da estabilidade nesta manhã (26), com investidores digerindo as sinalizações da ata da última reunião do Fomc em relação ao aperto monetário.

A negociação cautelosa para as ações europeias ocorre após um fechamento em alta na quarta-feira, com os mercados globais tentando se recuperar de um recuo generalizado na sessão anterior.

O Banco Central da Rússia cortou nesta data a sua principal taxa de juros de 14% para 11%, citando uma desaceleração da inflação e a recuperação do rublo. Após reunião extraordinária, os formuladores de políticas optaram por outro corte de 300 pontos base, o terceiro do Banco desde o aumento emergencial da taxa básica de 9,5% para 20%, logo após a invasão da Ucrânia pela Rússia e a imposição de sanções ao país.

  • FTSE 100 (Reino Unido), +0,05%
  • DAX (Alemanha), +0,49%
  • CAC 40 (França), +0,71%
  • FTSE MIB (Itália), +0,21%

Commodities

Os preços do petróleo avançam nesta quinta-feira, com sinais de oferta apertada, enquanto a União Europeia (UE) discute com a Hungria sobre os planos de proibir as importações da Rússia, o segundo maior exportador de petróleo do mundo, depois de invadir a Ucrânia.

  • Petróleo WTI, +0,68%, a US$ 106,08 o barril
  • Petróleo Brent, +1,09%, a US$ 108,76 o barril
  • Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve alta de 4,19%, a 869,50 iuanes, o equivalente a US$ 131,95

Bitcoin

  • Bitcoin, -0,53% a US$ 39.439,32 (em relação à cotação de 24 horas atrás)

2. Agenda

Para hoje (26) estão previstos os números do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de abril. O Itaú acredita que o emprego no setor privado continuou a avançar no Brasil e se os números confirmarem isso, será o quarto mês consecutivo do Caged em território positivo. O Bradesco também acredita em um saldo robusto de contratações no mercado formal de trabalho.

“Na série livre de influência sazonal, deveremos observar contratações líquidas de aproximadamente 200 mil trabalhadores”, projeta o Bradesco.

Brasil

7h53: Pesquisa eleitoral – Datafolha

8h00: INCC-M mensal

9h30: Caged de abril

9h30: Campos Neto Participa da primeira sessão da reunião do Comitê de Estabilidade Financeira do Banco Central (Comef)

10h: Guedes participa de coletiva de imprensa em Davos

10h30: Arrecadação federal de abril, consenso Refinitiv aponta para arrecadação de R$ 186,9 bilhões

EUA

9h30: Pedidos de seguro-desemprego semanal, consenso Refinitiv aponta para 215 mil solicitações

9h30: Segunda estimativa do PIB do 1º trimestre; consenso Refinitiv aponta para retração de 1,3%

9h30: Índice de preço do PCE trimestral

3. Câmara aprova projeto que limita ICMS sobre combustível e energia

A Câmara deu aval na quarta-feira ao teto de 17% para o ICMS sobre energia elétrica, combustíveis e gás natural. A proposta passou com amplo apoio – 403 votos favoráveis, 10 contrários e 2 abstenções.

Para diminuir resistências à medida, os deputados colocaram um gatilho temporário para compensar Estados e municípios quando a queda na arrecadação total do tributo for superior a 5%. Essa compensação será feita, se necessário, por meio do abatimento da dívida desses entes com a União. O texto ainda precisa ser aprovado no Senado.

Bolsonaro sanciona Pronampe

O presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou ontem, em cerimônia no Palácio do Planalto, o projeto de lei que cria novas regras para o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).

A proposta sancionada autoriza o uso dos recursos já aportados pela União no Fundo de Garantia de Operações (FGO), que abastece o Pronampe, até 31 de dezembro de 2024, ao definir o prazo para devolução dos recursos não utilizados para 2025. A estimativa é que R$ 50 bilhões possam ser emprestados em uma nova fase do programa.

Reforma tributária

O Senado discute nos bastidores ajustes na proposta de reforma do Imposto de Renda como forma de destravar as discussões na Casa, informa o Valor. Uma das possíveis alterações é diminuir a tributação de dividendos dos 15% aprovados na Câmara para 10%, excluindo da cobrança as empresas do Simples e companhias de lucro presumido com receita de até R$ 4,8 milhões.

Programa Casa Verde e Amarela

O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) confirmou ao Estadão que prepara um pacote de medidas para reequilibrar o programa habitacional Casa Verde e Amarela, que sofreu uma queda brusca nas contratações devido à disparada dos custos de construção. O MDR informou que haverá um aumento imediato nos subsídios, entre 12,5% e 21,4%, além de uma série de ajustes nas condições de financiamento na sequência, como parte de um conjunto de esforços para recompor o poder de compra das famílias de renda média e baixa atendidas pelo programa. O teto para subsídios será mantido em R$ 47,5 mil.

4. Covid

Na última quarta-feira (25), o Brasil registrou 157 mortes e 6.000 casos de covid-19 em 24h, segundo informações do consórcio de veículos de imprensa, às 20h.

A média móvel de mortes por Covid em 7 dias no Brasil ficou em 105, mantendo-se estável em comparação com o patamar de 14 dias antes.

A média móvel de novos casos em sete dias foi de 14.455, o que representa baixa de 13% em relação ao patamar de 14 dias antes.

Chegou a 165.639.167 o número de pessoas totalmente imunizadas contra a Covid no Brasil, o equivalente a 77,1% da população.

O número de pessoas que tomaram ao menos a primeira dose de vacinas atingiu 178.272.688 pessoas, o que representa 82,98% da população.

A dose de reforço foi aplicada em 91.218.006 pessoas, ou 42,46% da população.

5. Radar Corporativo

Petrobras (PETR3;PETR4)

A Petrobras assinou na véspera com a empresa Grepar Participações, veículo societário de propriedade conjunta das empresas Grecor Investimentos em Participações, Greca Distribuidora de Asfaltos e Holding GV Participações, contrato para a venda da refinaria Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (LUBNOR) pelo montante de US$ 34 milhões.

A estatal ainda informou que a indicação de Caio Mario Paes de Andrade,  atual secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital no Ministério da Economia, para presidência da companhia será submetida ao processo de governança interna, visando a análise dos requisitos legais e posterior manifestação do Comitê de Pessoas.

Em razão de Ferreira Coelho ter sido eleito pelo sistema do voto múltiplo na Assembleia Geral Ordinária de 13 de abril de 2022, e de sua destituição, caso aprovada na AGE, acarretar a destituição dos demais membros do Conselho eleitos pelo mesmo processo. Assim, o Governo precisa enviar indicações dos demais 7 membros para o Conselho.

A estatal não informou uma data para a realização da assembleia.

Eneva (ENEV3)

A Eneva (ENEV3) informou que firmou com a Suzano (SUZB3) contrato de dez anos para o fornecimento de gás natural liquefeito (GNL) a instalações industriais localizadas na cidade de Imperatriz, no Maranhão, com investimento estimado de R$ 530 milhões. O fornecimento comercial está previsto para o primeiro semestre de 2024.

Carrefour (CRFB3)

O Carrefour (CRFB3) confirmou a aprovação da compra do Grupo Big pelo Cade e avaliou que os remédios determinados “ficaram em patamar sensivelmente inferior” àquele mencionado na declaração de complexidade da Superintendência do colegiado, que sugeria o desinvestimento de cerca de 10% das lojas do Grupo Big.

O Acordo em Controle de Aquisições (ACC) estipulado hoje prevê que 14 lojas, sendo 11 hipermercados/atacarejos e três supermercados/soft discount deverão ser desinvestidas após o fechamento da operação, as quais representam aproximadamente 3,6% do parque total de lojas e 6% da receita de 2021 do Grupo Big.

(Com Estadão, Reuters e Agência Brasil)

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