Polícia retoma investigação sobre acidente com Marília Mendonça

Delegado afirma que suspensão do trabalho por imbróglio judicial não afetou o inquérito; morte completou seis meses

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A Polícia Civil de Minas Gerais informou, no fim da tarde desta quinta-feira (5), a reabertura da investigação sobre o acidente aéreo que matou a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas, em novembro de 2021. O anúncio foi feito na data em que a tragédia completou seis meses.

Conforme divulgado pelo R7, o inquérito estava suspenso devido a um imbróglio judicial desde o início de abril passado. No início desta semana, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) pôs fim ao impasse, determinando que o caso fique na Justiça mineira, mas a Polícia Civil ainda aguardava o recebimento dos autos para retomar a apuração.

“Durante esse período de análise no STJ, não houve qualquer prejuízo à investigação, tendo em vista que essa investigação perpassa pela Polícia Civil e pela Força Aérea Brasileira. Embora sejam órgãos independentes e com investigações autônomas, elas se complementam, na medida em que a Polícia Civil encaminha elementos informativos para a FAB e a FAB encaminha laudos periciais da aeronave para a Polícia Civil”, explicou o delegado Ivan Sales.

O inquérito da Polícia Civil tem como objetivo identificar eventual responsabilidade sobre o acidente. Já a FAB, por meio do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), tem como responsabilidade apontar a causa do acidente e indicar sugestões para evitar que outras tragédias como essa ocorram.

“Ainda nesta semana, [a Polícia Civil] solicitará à Força Aérea Brasileira o encaminhamento dos laudos já concluídos”, destacou o delegado.

O acidente

O bimotor King Air C90 prefixo PT-ONJ saiu do Aeroporto de Santa Genoveva, em Goiânia, e caiu um minuto antes de pousar no Aeroporto de Caratinga, a 243 km de Belo Horizonte, na tarde do dia 5 de novembro de 2021. Marília Mendonça, então com 26 anos e com um filho de quase 2 anos, faria um show na cidade naquela noite.

Além de Marília, estavam a bordo o tio e assessor de sertaneja, Abicieli Silveira Dias Filho; Henrique Ribeiro, produtor da artista; o piloto Geraldo Martins de Medeiros; e o copiloto Tarciso Pessoa Viana. Todos morreram.

Segundo a investigação, antes de atingir o solo, a aeronave bateu em um cabo das torres de energia da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) que ficam próximas ao aeródromo. A causa da colisão ainda não foi esclarecida.

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Fonte r7
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