Fechamento de Mercado: Ibovespa tem o segundo pregão consecutivo de perdas
No exterior, os investidores se mantiveram em compasso de espera pela decisão de política monetária
dos EUA. A decisão será conhecida amanhã à tarde e a expectativa do mercado é de uma alta de 0,5 p.p.
nas taxas básicas de juros. A grande dúvida é com relação ao comunicado. Imagina-se que o Fed adote
um tom mais agressivo daqui para a frente. Para os negócios, o dia foi de volatilidade. As bolsas
americanas operaram mistas e o viés negativo chegou a predominar. Entretanto, no final do pregão, os
principais índices acionários voltaram a firmar ganhos, impulsionados sobretudo pelo setor financeiro e
de energia.
No mercado de commodities, os contratos futuros do petróleo fecharam em baixa. O mercado acompanhou as movimentações da União Europeia em direção a um embargo às importações de ativos
energéticos pela Rússia. Os impactos dos lockdowns na China foram monitorados, enquanto investidores aguardam a reunião da OPEP+ nesta semana. No Brasil, os investidores começaram o dia avaliando a divulgação da produção industrial de março que mostrou uma alta de 0,3% na variação mensal, praticamente em linha com a expectativa do mercado.
Para o Ibovespa, o dia foi de perdas. Ao final do pregão, o índice era negociado aos 106.528 pontos, queda de 0,1% e giro financeiro de R$ 28 bilhões. O dólar vs. real, por sua vez, também recuou 2,15%, cotado aos R$ 4,96, após a intervenção do banco central. Analisando os setores, a valorização do real no dia de hoje ajudou na recuperação do setor aéreo.
Azul, Gol e Embraer fecharam a sessão no campo positivo. Na agenda desta quarta-feira, além da decisão do Fed, o mercado aguarda a reunião do Copom. A expectativa é uma alta de 1 p.p. para Selic. Caso seja confirmada, a Selic atingiria o patamar de 12,75% a.a.