Em derrota, Flamengo tem o menor número de finalizações no Brasileiro e alto índice de bolas alçadas
Time de Paulo Sousa freou a evolução e teve um desempenho ruim contra o Athletico, que venceu os cariocas por 1 a 0, pela terceira rodada do Brasileirão
Diante do Athletico e na sempre encardida Arena da Baixada, o Flamengo conheceu a sua primeira derrota nesta edição do Campeonato Brasileiro – por 1 a 0, em duelo válido pela terceira rodada da competição. O time não conseguiu desempenhar um bom futebol, e há dois fatores que podem ajudar a explicar o revés: o baixo número de finalizações em relação à média e o alto índice de bolas alçadas no jogo, sendo boa parte com aproveitamento ruim.
O Flamengo finalizou 11 vezes diante do Athletico (cinco na direção do gol). A sua média no Brasileirão, onde realizou quatro partidas até aqui, é de 15 por jogo. Já a média do Brasileirão, de acordo com o site “Footstats”, é de 13 a cada duelo. Ou seja, o time de Paulo Sousa esteve abaixo até em comparação aos demais clubes da Série A.
Houve também muitas bolas alçadas, sobretudo na reta final do jogo, quando Arrascaeta admitiu, após o apito derradeiro, que o Fla foi embalado “mais pela vontade”, abrindo mão da organização e zelo técnico nas ações ofensivas em busca do empate – que não ocorreu.
Ao todo, foram 26 cruzamentos, com apenas sete com endereço correto (e 19 errados). A média do time no Brasileirão é de 23.5. O número de lançamentos, uma outra arma bastante utilizada para furar o ferrolho athleticano, também foi elevado: 31 (a média do Fla no torneio é de 24.5).
Paulo Sousa enalteceu a atuação dos mandantes e justificou as dificuldades encontradas na Arena da Baixada da seguinte forma:
– Foi um jogo bastante difícil. Inicialmente, com nosso lado esquerdo, produzimos alguma coisa. Com posicionamento do Pedro, um homem de área, e procuramos ter largura para ter capacidade de cruzamentos. Tentamos com Lázaro como segundo homem dentro de área e tivemos bastante volume nos dois corredores laterais, mas o que faltou foi, quando nas nossas transições ofensivas, perdemos rapidamente a bola no primeiro e no segundo passe. O que permitiu que nosso adversário crescesse e gerasse situações próximas do nosso gol.
– Eles tinham duas linhas defensivas muito curtas, provocou jogo de muitos duelos, de velocidade e tivemos muita dificuldade de executar nossas ações. Precisávamos de mais tempo para ter maior controle do gramado, o controle ficava mais longe, sempre a quicar a bola, o que permitiu que eles nos pressionassem. Eles foram consistentes no trabalho defensivo e no trabalho de transições – completou o Mister.
Com cinco pontos no Brasileirão, o Flamengo, agora, vira a chave para a Libertadores. O próximo confronto será fora de casa e diante da Universidad Católica, nesta quinta, pela terceira rodada do Grupo H.