Doria deixa governo de SP e se mantém na corrida pela Presidência

Na manhã desta quinta-feira, 31, as atenções se voltaram ao Palácio dos Bandeirantes com a informação de que Doria desistiria de concorrer ao Palácio do Planalto

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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou que deixa o cargo para concorrer à Presidência da República pelo partido. O vice, Rodrigo Garcia, do mesmo partido, assume no dia 2 de abril. A decisão foi um recuo ao que ele havia dito a aliados no começo da noite de quarta-feira, 30, quando avisou que cumpriria seu mandato até o fim.

“A partir do próximo dia 2 de abril, Rodrigo Garcia será governador do estado de São Paulo e será reeleito. A partir do dia 2 quero mostrar que o país tem sim uma alternativa”, disse Doria durante 4º Seminário Municipalista, na tarde desta quinta-feira, 31. “Sim, serei candidato à Presidência pelo PSDB”, confirmou.

Desde a manhã desta quinta-feira, 31, todas as atenções se voltaram ao Palácio dos Bandeirantes, após Doria ter dito ao seu vice que ficaria no cargo e não se candidataria mais à Presidência da República. A intenção seria cumprir o mandato até o fim, não concorrer a reeleição e sair da vida pública em janeiro de 2023. A informação estremeceu todo o ninho tucano e aliados.

O xeque-mate que Doria deu no PSDB veio muito do descontentamento com o partido porque muitos líderes questionam a escolha dele nas prévias, feitas em novembro do ano passado. Apesar da eleição interna, a confirmação, de fato, só sai depois da convenção, que será realizada no meio do ano. Até lá, o que ele queria era uma garantia do partido de que seria candidato ao Palácio do Planalto.

Em uma carta divulgada nesta quinta-feira, 31, o presidente do partido, Bruno Araújo, disse que as prévias serão respeitadas e que o governador paulista teria a garantia da candidatura à Presidência. A atitude foi decisiva para que Doria saísse do governo de São Paulo. Araújo voo de Brasília até São Paulo, no fim da manhã, para falar pessoalmente com Doria.

O “tudo ou nada” do governador paulista estremeceu o cenário nacional, e também o local, ameaçando implodir todos os acordos já firmados até então. O principal deles envolvendo a eleição do seu vice ao governo. Doria já tinha prometido a Rodrigo Garcia o comando da máquina pública paulista a partir do dia 1º de abril.

Os dois tiveram um almoço juntos, no começo da tarde, para alinhar os ponteiros. Garcia chegou a dizer, inclusive, que se Doria ficasse no cargo, o vice renunciaria o posto de secretário de Governo. No comando da pasta mais importante do estado de São Paulo, ele era tratado como CEO do governo. No ano passado, Garcia trocou o DEM pelo PSDB justamente para disputar o Palácio dos Bandeirantes.

Durante o 4º Seminário Municipalista, evento que marcou o fim do governo de Doria, o clima com Garcia já era outro. O vice teceu vários elogios. “Ninguém está aqui para te dizer um adeus. Estamos aqui para te dizer um ‘até breve’, porque sabemos da importância para o Brasil aquilo que você fez em São Paulo e fará para o Brasil”, disse.

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