Guerra pode continuar “por algum tempo”, diz Blinken

Estados Unidos e a União Europeia consideram banir petróleo russo para pressionar Vladimir Putin a terminar o conflito

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O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou neste domingo (6.mar.2022) que a guerra entre a Ucrânia e a Rússia pode continuar por um “tempo considerável”. Para ele, nenhum dos 2 países demonstram sinais de que irão ceder.

“Acho que temos que estar prontos para que isso [a guerra] possa continuar por algum tempo”, disse Blinken em entrevista ao canal norte-americano NBC. “A força bruta que a Rússia pode usar —a mão de obra, a extensão de suas forças armadas— tem o potencial de continuar esmagando esses ucranianos incrivelmente corajosos e resilientes”.

E continuou: “Mas aqui está a coisa. Vencer uma batalha não é vencer uma guerra. Tomar uma cidade não é tomar os corações e mentes dos ucranianos. E o que aprendemos nas últimas semanas é que eles lutarão até o fim por seu país —mesmo se levar uma semana, se demorar um mês, se demorar um ano”.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou neste domingo (6.mar) que o conflito termina se a Ucrânia aceitar as exigências russas. Os 2 lados se reuniram pela 1ª vez em 28 de fevereiro, mas não chegaram a um acordo. O 2º encontro foi na 5ª feira (3.mar). A 3ª rodada de negociações será na 2ª feira (7.mar), segundo a Ucrânia.

BANIR O PETRÓLEO

Os Estados Unidos e a UE (União Europeia) estão considerando banir a importação de petróleo da Rússia. “Estamos agora em discussões muito ativas com nossos parceiros europeus sobre a proibição da importação de petróleo russo para nossos países, ao mesmo tempo, é claro, mantendo um suprimento global estável de petróleo”, disse Blinken.

Blinken afirmou ainda que não pode descartar que os EUA decidam pela proibição independentemente do que a União Europeia decidir, mas que todas as abordagens sobre sanções começam com coordenação.

“Uma marca registrada de tudo o que fizemos até agora foi essa coordenação com aliados e parceiros. Somos muito mais eficazes em todos os aspectos quando fazemos as coisas juntos com a coordenação mais próxima possível.”

O secretário de Estado norte-americano também afirmou que as ações atuais “já tiveram um impacto devastador na economia russa”. Em sua avaliação, a Rússia está caminhando para uma “profunda recessão”.

MAIS SANÇÕES

Blinken não descartou outras medidas, como retirar o status da Rússia de parceiro comercial preferencial. Este, assim como o banimento do petróleo russo, teriam sido alguns dos pedidos do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ao falar com congressistas norte-americanos.

“Mas se houver coisas a fazer para aumentar a pressão, se ele não quiser parar a agressão, nós vamos fazê-las. Então, vamos olhar para cada um, decidir junto com nossos aliados e parceiros o que é mais eficaz, quando devemos fazê-lo. E vamos prosseguir — vamos proceder dessa maneira”, disse Blinken.

A Rússia é alvo de dezenas de sanções de diferentes países, organizações e empresas. Saiba quais nesta reportagem.

Blinken descartou, no entanto, atender ao pedido de fechar o espaço aéreo da Ucrânia. A medida é pedida por Zelensky.

Se posta em prática, sinalizaria compromisso da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) em engajar-se na derrubada de aviões russos e, logo, entrar formalmente na guerra. Atualmente, os países-membros se limitam a fazer doações de equipamentos bélicos à Ucrânia e mobilizar tropas nas fronteiras da aliança, como na Polônia e na Lituânia.

Blinken afirmou que o presidente Joe Biden “sempre foi muito claro” sobre o fato dos EUA não entrarem no conflito de forma direta. Segundo o secretário de Estado, não haverá confronto entre aviões ou soldados norte-americanos e russos.

“O que estamos tentando fazer é acabar com esta guerra na Ucrânia, não começar uma maior.”

11º DIA DA GUERRA

A invasão da Ucrânia pela Rússia chega ao 11º dia neste domingo (6.mar.2022). O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse no sábado (5.mar) que seu governo está fazendo todo o possível para chegar a um acordo com os russos. Nova rodada de negociações deve ser realizada na 2ª feira (7.mar).

A OMS (Organização Mundial da Saúde) confirmou “vários” ataques a centros de saúde na Ucrânia. “Ataques a instalações de saúde ou trabalhadores infringem a neutralidade médica e são violações do direito internacional humanitário”, declarou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Segundo a ONU (Organizações das Nações Unidas), em torno de 1,5 milhão de pessoas deixaram a Ucrânia desde o início dos ataques, em 24 de fevereiro.

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Fonte poder360
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