Silveira toma posse no Senado e se afasta do governo
Alexandre Silveira foi convidado por Bolsonaro para ser líder do governo na Casa
Alexandre Silveira (PSD-MG) tomou posse no Senado nesta 4ª feira (2.fev.2022) dizendo que prometeu apoio ao governo em pautas prioritárias, mas que isso não significa “submissão”. Ele assume o mandato do senador Antonio Anastasia (PSD-MG), indicado ao TCU (Tribunal de Contas da União).
O presidente Jair Bolsonaro convidou e dava como certo que Silveira assumiria a liderança do governo na Casa. O senador ainda deve consultar colegas de bancada e ouvir a cúpula de seu partido, comandado por Gilberto Kassab, antes de anunciar sua decisão.
O Poder360 apurou, entretanto, que o convite do presidente foi mal recebido pela bancada do partido no Senado. Há, atualmente, descrença no Senado de que ele assumirá de fato o cargo.
Por outro lado, não negará explicitamente para aproveitar a atenção que vem recebendo no começo do mandato que só durará 1 ano. Aliado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Silveira era diretor de Assuntos Jurídicos da Casa e 1º suplente de Antonio Anastasia.
Senadores da sigla e integrantes da equipe de Pacheco encararam o movimento como uma tentativa de Bolsonaro para gerar mal-estar com o presidente do Senado. Este ainda avalia ser candidato à presidência.
Em seu discurso de posse, Silveira disse que conversou com o governo e que ajudará com “pautas prioritárias”, mas declarou que esse apoio “não significa submissão ideológica ou assunção a qualquer cargo”.
“Pelo contrário, significará, muitas vezes, apontar o que considero errado em relação à pauta econômica, ambiental e social, não sem valorizar o que está dando certo nas pautas do agronegócio, da infraestrutura e do desenvolvimento regional”.