Dário Berger deve migrar para o PSB e disputar governo de SC
Hoje no MDB, senador diz que está com “1 pé e meio” no PSB e faltam só “detalhes paroquiais”
O senador Dário Berger, hoje no MDB, está com “1 pé e meio” no PSB. Ele está decidido a ser candidato a governador de Santa Catarina, mas seu atual partido não abre mão de apoiar a reeleição de Carlos Moisés (sem partido). Berger enfrenta o mesmo empecilho com a bancada local do PSB, mas espera superar o que chama de “detalhes paroquiais”.
Se a migração para o PSB se concretizar, Berger buscará formar uma frente ampla no Estado com partidos como PT, PDT, PC do B, Psol, PV e Rede e fará parte da aliança nacional em torno da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República.
Além de Moisés, Berger tem como potenciais adversários nas urnas seus 2 colegas de bancada estadual no Senado, Jorginho Mello (PL) e Esperidião Amin (PP), o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM), o secretário estadual de Turismo de São Paulo, Vinícius Lummertz (PSDB), e o ex-governador catarinense Raimundo Colombo (PSD).
Tempo curto
O senador tenta resolver sua situação partidária até o fim de fevereiro. Quer tempo hábil para fazer articulações políticas necessárias para encorpar a pré-candidatura.
“Quero ser candidato a governador. A bancada estadual do MDB está criando bastante dificuldade”, afirmou Berger ao Poder360. “Tenho muito respeito pelo MDB e, se sair, o que é possível, está encaminhado nesse sentido, nunca vou deixar de reconhecer aqueles que me ajudaram e estenderam a mão e vou conservar o carinho necessário nas minhas relações políticas.”
O senador disse que não se considera de esquerda, apesar de todas as siglas que comporiam a frente com o PSB em torno de sua eventual candidatura pertencerem a esse campo. “Não é uma coligação meramente partidária. É a formação de um novo grupo político, que tem por objetivo a reconstrução das políticas públicas e do destino de Santa Catarina e do Brasil”, declarou.