Municípios pedem à Anvisa igualdade em vacinação infantil
Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) enviaram contribuições à Anvisa para garantir distribuição justa e sem erros
O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) enviaram contribuições à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para auxiliar o processo de vacinação contra a Covid-19, no grupo de crianças entre cinco e 11 anos.
Os órgãos destacam a importância dos cuidados na hora de aplicação da vacina e pediram que a distribuição seja equilibrada em todos os municípios do país.
A Anvisa autorizou o imunizante em dezembro de 2021 após uma análise técnica criteriosa de dados e estudos clínicos conduzidos pelo laboratório Pfizer.
A equipe técnica da agência, informou que informações avaliadas indicam que a vacina é segura e eficaz para o público infantil, conforme solicitado pela Pfizer e autorizado pela Anvisa.
Em nota, a Anvisa informa que recebeu as recomendações do Conass e Conasems e que entende que pode haver desigualdades que demandem ajustes de determinadas recomendações, com o objetivo avançar na imunização desse público mantendo-se todos os cuidados necessários à inclusão dessa faixa etária na operacionalização da vacinação no Brasil.
A agência também diz que as recomendações são passíveis de ajustes por parte dos estados e municípios.
Ministério da Saúde distribui as doses
A distribuição das doses da vacina, cerca de 1,2 milhão, que chegaram nesta quinta-feira (13) no país, serão feitas pelo ministério da Saúde — mas a Anvisa orienta.
A população-alvo da campanha nacional de vacinação infantil contra a Covid-19 é priorizada segundo os critérios de exposição à infecção e de maiores riscos para agravamento e óbito pela doença.
O escalonamento desses grupos populacionais para vacinação se dará conforme a disponibilidade das doses de vacina.
A Anvisa esclarece que recomendações servem para dar base ao Programa Nacional de Imunização (PNI) no uso da vacina em crianças. Além de destacar que tais considerações não possuem caráter mandatório e foram emitidas para que seja imprimido um cuidado adicional para o início da imunização das crianças no Brasil.
Recomendações de cuidados da Anvisa
A Anvisa informa que as orientações visãm garantir esforços sejam feitos para evitar erros na administração das vacinas, sendo uma forma eficiente de evitar grande parte dos eventos adversos. A vacina para crianças tem dosagem e composição diferentes daquela utilizada para os maiores de 12 anos.
A agência informou que a fórmula da vacina para crianças será aplicada em duas doses de 0,2 mL (equivalente a 10 microgramas), com pelo menos 21 dias de intervalo entre as doses — o ministério da Saúde disse que o esquema vacinal para crianças é composto por duas doses com intervalo de oito semanas.
O imunizante da Pfizer para crianças terá a tampa do frasco cor laranja, para facilitar a identificação pelas equipes de vacinação e também pelos pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para serem vacinadas.
Nos maiores de 12 anos, a vacina é aplicada em doses de 0,3 mL e tem a tampa na cor roxa.
A Anvisa também informa que existem peculiaridades locais que precisam ser analisadas e levadas em consideração na implementação do processo de vacinação com a devida segurança, mas sem inviabilizar a imunização das crianças.
A agência reafirma o objetivo de garantir uma vacinação segura para todas as crianças do Brasil. A Anvisa, o Conass e o Conasems continuarão a discutir o avanço na campanha vacinal e no controle da pandemia de Covid-19