Bônus na conta de luz daqueles que reduziram energia chega a R$ 1,6 bi
A previsão do valor que deverá ser descontado na conta de janeiro consta de documento da associação de distribuidores
A previsão de pagamento de bônus aos consumidores que economizaram energia de setembro a dezembro, no programa lançado pelo governo federal para enfrentar a crise hídrica, é de R$ 1,6 bilhão. O valor deverá ser descontado na conta de luz de janeiro daqueles que atingiram a meta de reduzir o consumo em até 10%, com um bônus de R$ 50 para cada 100 kWh economizados.
A informação consta de um ofício enviado pela Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica) à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), em 27 de dezembro. No documento, a associação apresenta os impactos financeiros no setor elétrico decorrentes da situação de escassez hídrica e custos adicionais.
Segundo a Aneel, a conta de luz referente ao consumo de dezembro será apresentada a partir de janeiro em diferentes datas, de acordo com o faturamento de cada distribuidora. Nessa conta, será informado o bônus apurado, e creditado como abatimento, conforme o texto do Programa de Incentivo à Redução Voluntária do Consumo de Energia Elétrica.
A medida começou a valer em 1º de setembro de 2021, em meio à pior crise hídrica dos últimos 91 anos. A iniciativa prevê recompensar quem reduziu o consumo em um patamar de 10% a 20%. Quem economizou menos que 10% não receberá bônus e quem superou o nível de 20% não receberá prêmio adicional.
O gasto no mesmo período de 2020 serviu como parâmetro para calcular a média de consumo. A medida veio junto com o aumento na conta de luz de cerca de 6,78% na tarifa média, por meio da criação da bandeira da “Escassez Hídrica”.