Com mercado mais apertado e demanda em alta, OPEP+ concorda em aumentar produção de petróleo
A Opep e seus aliados concordaram em retomar a produção de petróleo interrompida diante da melhora das perspectivas para os mercados globais, já que a demanda tem resistido em grande parte à nova variante do coronavírus.
A aliança de 23 países liderada pela Arábia Saudita e Rússia aprovou o aumento de 400.000 barris por dia programado para fevereiro em reunião na terça-feira, de acordo com comunicado.
O grupo está seguindo seu plano de restaurar gradualmente a produção interrompida durante a pandemia, depois que seus analistas previram um superávit menor neste trimestre do que o esperado anteriormente.
O consumo global de combustível continua a se recuperar do colapso de 2020. O tráfego e a atividade fabril estão subindo nos principais países consumidores asiáticos e os estoques estão cada vez menores nos EUA, elevando os preços do petróleo para quase US$ 80 o barril em Londres.
A Opep+ já reiniciou cerca de dois terços da produção que interrompeu nos estágios iniciais da pandemia. O grupo busca restaurar o restante em um ritmo que satisfaça a recuperação no consumo de combustível – e evite qualquer aumento inflacionário nos preços – sem colocar o mercado em nova queda.
Há dúvidas sobre se a Opep+ conseguirá realmente entregar o incremento mensal completo, dadas as recentes dificuldades de alguns membros, como Angola e Nigéria, para atingir suas metas de produção.
Apenas 130.000 barris por dia adicionais de petróleo da Opep+ devem chegar ao mercado em janeiro, seguido por 250.000 barris por dia em fevereiro, de acordo com Amrita Sen, analista-chefe de petróleo e cofundadora da Energy Aspects.
“Mesmo que o número anunciado seja 400.000, o que está chegando ao mercado é metade disso, talvez até menos”, disse Sen em entrevista à Bloomberg TV antes da reunião da Opep+.