Por reajuste, servidores federais convocam assembleia para 4ª

Fonacate quer construir calendário unificado de mobilização para as carreiras típicas de Estado

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Diversas categorias do funcionalismo público federal avaliam entrar em greve para cobrar reajuste salarial do governo. O assunto será discutido em assembleia do Fonacate (Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado) na 4ª feira (29.dez.2021).

A assembleia do Fonacate foi convocada depois de várias categorias demonstrarem insatisfação com a intenção do presidente Jair Bolsonaro (PL) de conceder reajuste salarial para policiais federais em 2022.

Segundo o presidente do Fonacate, Rudinei Marques, servidores do Tesouro Nacional e da CGU (Controladoria-Geral da União) discutem o assunto, além de auditores fiscais agropecuários e auditores fiscais do Trabalho.

“O governo fez um aceno para as forças de segurança, mas 80% dos servidores federais estão com os salários congelados há 5 anos e 20% estão com o salário congelado há 3 anos”, afirmou Marques.

Ele seguiu: “Várias carreiras avaliam a possibilidade de parar. O papel do Fonacate será coordenar esses grupos para buscar o diálogo com o governo e fazer um calendário unificado de mobilização”.

Rudinei Marques disse que a greve deve ser o “último recurso” dos servidores públicos. Diz que é preciso buscar diálogo com o governo primeiro. Porém, não descarta a paralisação.

O presidente do Fonacate afirmou que a mobilização dos servidores precisa ser “curta e intensa”. Isso porque o governo só pode conceder reajuste salarial para os servidores até 6 meses antes das eleições.

Uma paralisação também é avaliada pelo Fonasefe (Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais), mas só será discutida em assembleia por esses servidores em janeiro.

“A seletividade de dar reajuste apenas para os policiais deixou muitos servidores indignados. Por isso, estamos organizando assembleias em janeiro para tomar uma decisão”, afirmou o secretário-geral do Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal), Sérgio Ronaldo da Silva.

Segundo ele, os servidores que tiveram reajuste apenas em 2017 estão com os salários defasados em 27,5%. Sérgio Ronaldo da Silva também lembrou que, antes de avançar no reajuste para os policiais, Bolsonaro falou em dar reajuste para todos os servidores, “sem exceção”.

Auditores fiscais da Receita Federal já entraram em greve nesta 2ª feira (27.dez.2021). Os auditores dizem que o governo cortou o orçamento do Fisco para bancar o reajuste dos policiais. Por isso, cobram a recomposição do orçamento do órgão e a regulamentação do bônus de eficiência da carreira.

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Fonte poder360
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