FGV prevê queda de 0,1% no PIB do 3° trimestre

Especialistas apontam ‘incertezas políticas’ como principal fator para recessão econômica

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Uma projeção feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), a pedido da CNN, aponta que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve cair 0,1% no terceiro trimestre deste ano, em comparação com os três meses anteriores.

A estimativa foi elaborada pelos especialistas da fundação nesta terça-feira (1º), as vésperas da publicação oficial que será realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (2).

À CNN, especialistas apontam as ‘incertezas políticas’ como o principal fator para estagnação econômica brasileira entre julho e setembro.

O economista da FGV, Cláudio Considera, destaca que a estabilidade do índice demonstra uma ‘fraca’ recuperação da economia do país.“O resultado praticamente estável apresentado pelo indicador mostra uma recuperação lenta da economia do Brasil. O lado positivo é que estamos produzindo mais do que o mesmo período do ano passado, ou seja, estamos melhorando. Mas as incertezas políticas, em conjunto com a pandemia de Covid-19, fazem com que a gente registre uma retomada muito fraca”, destaca o pesquisador da FGV.

Para a divulgação do IBGE desta quarta-feira (2), a expectativa do mercado é que o país entre na chamada “recessão técnica”. O termo se refere à situação em que o PIB — a soma de todas as riquezas produzidas no país — de dois trimestres seguidos é negativo. Isso porque no segundo trimestre de 2021, o indicador também registrou uma queda de 0,1%, em comparação ao primeiro trimestre do ano.

Especialistas ouvidos pela CNN destacam que o Brasil vive uma estagflação – ausência de crescimento econômico em um cenário de inflação alta, que registra uma alta acumulada de 10,67% em 12 meses.

Quem reforça o cenário atual é Sérgio Valle, economista e sócio da MB Associados.“É uma ideia de estagnação porque a queda do PIB será pequena, se ocorrer. [O valor será] em torno de zero. É mais uma estagnação do que propriamente uma recessão”, destaca o economista.

*Com João Pedro Malar, do CNN Brasil Business

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Fonte cnnbrasil
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