PSDB suspende prévias após falha em sistema de votação, sem data para retomar
Doria prefere votação no próximo domingo (28) e grupo de Eduardo Leite é a favor de levar as prévias para fevereiro de 2022
O PSDB decidiu pausar a eleição e preservar os votos da disputa de prévias deste domingo (21) para a eleição presidencial de 2022 após falhas no aplicativo de votação. Os votos devem ser lacrados em uma urna do partido para continuação da votação em data ainda não definida.
O governador de São Paulo, João Doria, prefere que a votação seja concluída no próximo domingo (28). Já o grupo de Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, é a favor de levar as prévias para fevereiro de 2022. Os dois são pré-candidatos para concorrer à presidência pelo PSDB no ano que vem junto com o ex-senador do Amazonas Arthur Virgílio.
Em nota oficial, o partido anunciou que o processo de votação deste domingo foi concluído às 18h. “O processo de votação em aplicativo encontra-se pausado em razão de questões de infraestrutura técnica, que não comportou a demanda dos votantes das prévias”, diz o comunicado.
Os votos registrados estão preservados e o PSDB afirma que está definindo, junto com os candidatos, em que momento o processo será retomado. “Os votos recebidos tanto pelo aplicativo quanto por meio das urnas eletrônicas ao longo deste domingo serão totalizados ao final do processo de votação”, afirma o partido.
“Todos os votos registrados desde a abertura da votação neste domingo estão válidos e serão computados”, reforça.
O partido pode se reunir ainda neste domingo para definir a nova data.
A Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (FAURGS), responsável pela criação do aplicativo, garantiu que os votos registrados neste domingo não serão perdidos e a segurança do sistema não foi afetada. “Todo o processo está sendo acompanhado por técnicos representando as três chapas inscritas, garantindo lisura e transparência”, disse a fundação em nota de esclarecimento.
“União” no PSDB
Embora o balanço até aqui é o de que os problemas acabaram por ampliar o racha no partido, ao chegar nas prévias mais cedo, o governador de São Paulo, João Doria, declarou a jornalistas que o “PSDB está unido, continuará unido e fortalecido”.
“Estamos fazendo democracia. O PSDB está dando lição de democracia, respeitando o voto, a liberdade, o direito de todos seus filiados votarem e escolherem seu candidato à Presidência da República”, disse.
Já o ex-senador pelo Amazonas Arthur Virgílio disse que “dividir algo pequeno não é inteligente”. À CNN, ele afirmou que é um “anti-candidato” e que sua intenção é “fiscalizar” o partido.
“Entendo que o partido para conseguir algo nessa eleição tem que unir suas forças, tem que haver humildade de todos. Agora posso falar que eu não era um candidato a presidente da República. Eu era um anticandidato. Meu sentimento é de unir o partido, funcionar como fiscal”.
Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, disse que a é normal ocorrer divisão no momento da eleição, mas que, após as prévias, “vamos unir partido e depois unir o Brasil”.
Após falha em aplicativo, apenas 3.500 de 45 mil votaram nas prévias do PSDB