Anvisa cobra dados do Ministério da Saúde sobre dose de reforço contra covid
Queiroga anunciou ampliação da dose adicional para todos os adultos na 3ª feira (16.nov)
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) solicitou ao Ministério da Saúde informações sobre “os elementos técnicos” que embasaram a decisão do órgão de ampliar a aplicação da dose de reforço em toda população adulta. Ofício foi encaminhado nesta 5ª feira (18.nov.2021). Eis a íntegra (76 KB).
Na 3ª feira (16.nov), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, autorizou às pessoas maiores de 18 anos a administração da dose adicional a partir de 5 meses depois da 2ª dose. Segundo o ministério, a mudança do intervalo de 6 para 5 meses se deu depois que estudos mostraram queda da resposta imune contra o coronavírus a partir do 5º mês.
De acordo com a Anvisa, a medida “é importante para a manutenção da proteção contra a covid-19” e deve ser avaliada “considerando a relação dos benefícios versus os riscos individuais”.
Até o momento, a agência recebeu pedidos da AstraZeneca e da Pfizer para que a dose de reforço seja incluída no esquema vacinal contra a doença. Ambos seguem em análise.
Já Janssen não enviou pedido para “submissão de 2ª dose ou dose de reforço de sua vacina” até o momento, disse a Anvisa ao Poder360 na 4ª feira (17.nov). Segundo o documento encaminhado nesta 5ª feira (18.nov), a Janssen deve enviar os estudos sobre a eficácia e segurança da dose de reforço até a semana que vem.
Ainda no ofício, a agência afirma que as informações obtidas até então sobre a vacina da Janssen “referem-se à possibilidade de aplicação de dose de reforço e não de 2ª dose como parte do esquema primário de vacinação”. Na 3ª feira (16.nov), Queiroga disse que o imunizante da farmacêutica terá uma 2ª dose a partir de 2 meses da 1ª. De acordo com o ministro, a dose de reforço do imunizante será aplicada 5 meses depois da 2ª.