‘Hospital não é um supermercado que você fecha e espera o outro dia’, dispara Wanderlei
O governador já se reuniu com a equipe gestora da Saúde e do HGP.
Após a polêmica gerada pelo anúncio da nova modalidade de atendimento no maior hospital público do Tocantins, o governador em exercício Wanderlei Barbosa (sem partido) fez duras críticas à medida e garantiu que não haverá mudanças.
Desde o último sábado (13), o Hospital Geral de Palmas (HGP), uma das maiores unidades hospitalares de ‘portas abertas’ da região norte do país e referência para os estados vizinhos, está com os portões fechados no pronto-socorro. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que a unidade só iria receber pacientes com perfil de alta complexidade, quadros graves e aqueles autorizados pelo Núcleo Interno de Regulação (NIR).
Nesta terça-feira (16), durante evento no Palácio Araguaia, o governador interino afirmou que o Estado não pode ter um hospital deste porte com as portas fechadas.
“O hospital não é um supermercado, que você fecha e espera o outro dia. A doença não espera. Não tive concordância e falei com o secretário para nos reunirmos, pois isso me incomodou, me preocupou. Eu não sei bater na porta de um hospital se ele não estiver com a porta aberta. Da mesma forma, toda ambulância que encostar em uma unidade hospitalar deste estado enquanto eu estiver na liderança do governo, não deixarei voltar. As pessoas não podem ser tratadas assim”, disparou o governador.
No início da noite desta terça-feira (16), o governador foi diretamente ao hospital, onde se reuniu com o Secretário de Estado da Saúde Afonso Piva, o diretor-geral do HGP, Leonardo Toledo, o diretor técnico Luciano Lopes, e outros membros da equipe técnica da unidade.
O objetivo da reunião foi discutir com a equipe medidas para garantir o atendimento à população tocantinense, sem evitar o colapso da unidade em virtude da grande demanda por vagas.
Wanderlei afirmou, durante a reunião, que o acesso à saúde é um dever do Estado e um direito de todo cidadão.
“As pessoas, quando buscam o Hospital Geral de Palmas (HGP) estão em situação de vulnerabilidade de saúde. A saúde é um dever do Estado e um direito do cidadão”, reafirmou o gestor.
O secretário Afonso Piva considerou que a reunião com o governador foi positiva e disse que serviu para esclarecer à população que os atendimentos no HGP continuam. O gestor afirmou, ainda, que a determinação é para que as unidades de saúde do interior melhorem cada vez mais a prestação de serviço às pessoas que procuram por atendimento.
“Os nossos pacientes nunca ficaram sem atendimento e já conseguimos aumentar os nossos leitos de UTIs e reduzir o número de pessoas nos corredores. O governador autorizou o aumento do número de leitos de UTIs e de salas cirúrgicas”, pontuou.
A reunião também contou com a participação de deputados estaduais e vereadores de Palmas.