Adiamento do leilão 5G não prejudica implantação, diz ministro
O 5G é uma nova tecnologia que amplia a velocidade da conexão móvel
O ministro das Comunicações, Fábio Faria, disse hoje (16), no encerramento do Seminário sobre 5G, promovido pela Esfera Brasil, que não foi pego de surpresa pelo adiamento do leilão do 5g, porque sempre há algum pedido de vistas do processo, mas acreditava que o impasse pudesse ser superado antes, já que há diálogo aberto entre todos os envolvidos.
Farias ressaltou que sempre houve a disposição do Ministério para esclarecer e solucionar qualquer dúvida que surgisse tanto para a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) quanto para o Tribunal de Contas da União (TCU).
“Isso não foi possível, mas no dia seguinte soube que o objetivo não era postergar o leilão, apenas readequar alguns pontos. Nossos times todos estão trabalhando juntos. Acredito que em breve consigamos vencer, porque após a votação do edital na Anatel o leilão será publicado em 30 dias, pouco depois do previsto. Mas já deixando claro que nenhuma das obrigações, nenhum dos investimentos ou prazos que estão lá serão prejudicados, todos serão mantidos”, disse.
O plenário do TCU havia aprovado o edital no último dia 25 de agosto e a avaliação final pela Anatel deve ser concluída na semana que vem. Se o governo mantiver o calendário, o leilão ocorrerá em meados de outubro.
O 5G é uma nova tecnologia que amplia a velocidade da conexão móvel e reduz a latência, permitindo novos serviços de conexão com segurança e estabilidade, que abrem espaço para o uso de novos serviços em diversas áreas, como indústria, saúde, agricultura e na produção e difusão de conteúdos.
A proposta de leilão tem valor previsto de R$ 44 bilhões e está estruturada com foco em investimentos e oferta da tecnologia a todos os municípios com mais de 600 pessoas, e não na arrecadação de recursos para o governo.
Faria destacou que desde o ano passado, quando foi montado um grupo de trabalho focado apenas do 5G, no qual foi desenvolvido o projeto, seguido de viagem para a Europa e Ásia, ocorreu a participação de representantes do TCU, que puderam conhecer as tecnologias. “Também participei de várias audiências públicas na Câmara e no Senado, deixando claro que o 5g não é projeto do presidente Jair Bolsonaro e, sim, para o país, para conseguir colocar o país competitivo com os outros players do mundo”, destacou.
Para o ministro,um dos setores mais beneficiados pelo 5G será o agronegócio, para o qual as empresas privadas terão oportunidades, já que estas têm interesse em agilizar a cobertura para as regiões onde o setor atua. “Todas as empresas que visitamos no mundo estão prontas para atender o agro brasileiro no dia seguinte ao leilão. Há poucas exceções de algumas que preferem atender a outros setores, como o de mineração, infraestrutura, educação e telemedicina”.
Ele lembrou que o 4G não beneficiou o agro porque eram cidades menos populosas, o oposto do que o 4G visava, porque seu interesse era interligar pessoas, então não fazia sentido nem para as operadoras nem para o agronegócio. “Já que as aplicações com o 5G são interligar coisa com coisa, vai fazer com que o agro seja beneficiado”.