Gasolina dispara 33% no ano e ultrapassa os R$ 7 por litro em três estados

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O aumento no preço dos combustíveis tem feito com que muitos brasileiros abandonem os veículos e o fogão a gás. Segundo um levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP) realizado entre 29 de agosto e 4 de setembro, a gasolina teve alta de 0,41% nas bombas em relação à semana anterior.

O preço médio do combustível nos postos do Brasil é de R$ 6,007. O número representa alta de 2,40% no mês e 33% no ano. O gás de botijão (GLP) também acompanha essa disparada, sendo vendido a uma média de R$ 93,61 no país, aumento anual de 25,2%.

No Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Acre, a gasolina já ultrapassa os R$ 7 por litro. Segundo os economistas, os motivos dessa disparada nos preços passam pela cotação do petróleo no mercado internacional e pela desvalorização do real.

O maior valor registrado na última semana foi de R$ 7,199 o litro, praticado por um posto no Rio Grande do Sul. O Acre veio na esteira, com o litro a R$ 7,13. O Rio de Janeiro fechou o pódio com a gasolina a R$ 7,059.

ICMS

O presidente Jair Bolsonaro culpou o ICMS pela alta abusiva nos preços dos combustíveis. Segundo ele, o imposto cobrado pelos estados é o que encarece as cotações, já que os produtos são vendidos por um valor justo às distribuidoras.

De acordo com a Petrobras, o peso médio nacional do ICMS é de 27%. Além do imposto estadual, os preços da gasolina ainda incluem a margem da revenda, o etanol anidro usado na mistura, os impostos federais (11,7%) e a margem da Petrobras.

Gás de cozinha a R$ 125

O preço máximo do botijão de gás está abaixo dos R$ 100 somente nos estados de Sergipe e Alagoas, além do Distrito Federal. Em lugares como Rondônia e Roraima, o item já é vendido a R$ 125.

Na média, os distribuidores do Rio cobram R$ 84,08 pelo botijão de 13 kg, mas o produto chega a ser comercializado por até R$ 102,1. Já em São Paulo o preço médio está em R$ 92,59, enquanto o máximo é de R$ 114,99.