7 robôs humanoides que já substituem os humanos em tarefas repetitivas
Um mundo com robôs que assumem trabalhos até então limitados aos seres humanos não é mais um cenário restrito às produções de Hollywood. Cada vez mais empresas estão utilizando máquinas inteligentes para fazer tarefas maçantes, reduzir erros e deixar os colaboradores livres para pensar em soluções criativas e inovadoras. Como resultado, o setor tem vivenciado um crescimento significativo nos últimos anos, e a tendência é que seja um caminho sem volta.
“A ideia não é substituir a mão de obra, e sim auxiliá-la em diversas áreas, aproveitando aquilo que as máquinas fazem de melhor: serviços repetitivos, entediantes e perigosos”, diz Josemar Rodrigues de Souza, coordenador da comissão especial de robótica da Sociedade Brasileira de Computação e pesquisador do ACSO (Núcleo de Arquitetura de Computadores e Sistemas Operacionais).
Para o especialista, quanto mais o uso de robôs avança, mais será preciso desenvolver novas habilidades humanas. “Ainda vamos precisar de pessoas para projetar esses equipamentos e explorar a tecnologia. Apesar de as máquinas assumirem algumas funções hoje exercidas por humanos, elas também vão gerar novos empregos, justamente pela necessidade de continuar esse desenvolvimento.”
Rivais ou não, os robôs já são realidade. Carros que se movimentam sem motoristas, aspiradores de pó automáticos, assistentes virtuais e máquinas que automatizam parte dos processos fabris representam apenas uma pequena parte de um segmento promissor. O valor de mercado global da robótica na indústria de manufatura era de US$ 13,2 bilhões em 2018, segundo uma pesquisa do BCG. No ano seguinte, o número subiu para US$ 14,8 bilhões e, em 2020, chegou a US$ 16,6 bilhões. Em 2021, a expectativa é ultrapassar os US$ 18,5 bilhões.
Os bilionários envolvidos com negócios de tecnologia já vêm se manifestando sobre o tema há alguns anos. Em 2017, Elon Musk alfinetou o fundador do Facebook em um debate sobre os perigos do desenvolvimento da inteligência artificial. “Sua compreensão sobre o assunto é limitada”, disse o criador da Tesla em seu Twitter, em resposta a Mark Zuckerberg. Na época, Musk alertava contra um suposto apocalipse robótico, defendendo a necessidade de uma regulamentação governamental mais rígida para que a tecnologia não saia do controle. Zuckerberg, porém, refutou a ideia, afirmando durante uma transmissão ao vivo estar “realmente otimista”. “[Não entendo] as pessoas que tentam pintar esses cenários apocalípticos. É realmente negativo e, de certa forma, acho que é bastante irresponsável”, afirmou.
A discussão vai longe, e ainda não existe uma resposta definitiva sobre um futuro dominado pelos robôs. “Nada garante que os humanos não saiam do controle. Nesse caso, a sociedade tem regras e uma série de acordos para que as pessoas não transgridam. Se violamos alguma norma, somos penalizados. [Para assegurar que as máquinas estejam realmente aqui para ajudar], os aspectos legais e jurídicos precisam ser repensados e reformulados. A preocupação sempre precisará estar em pauta, na busca constante por mecanismos que previnam os abusos e comportamentos não amigáveis”, considera Josemar Souza.
Nesse contexto, a Forbes selecionou sete empresas que já apostam, com cautela, no uso de robôs para otimizar as operações e aprimorar a experiência dos clientes ou que desenvolveram máquinas capazes de fazer isso.