Sérgio Reis diz se arrepender de ‘frase infeliz’ e pede desculpas

Em entrevista exclusiva ao Domingo Espetacular, artista afirma que se retrataria de áudio em que ameaça invadir o STF

-- Publicidade --

-- Publicidade --

O cantor Sérgio Reis disse em entrevista exclusiva ao Domingo Espetacular, da Record TV, que vem sofrendo intimidações depois do vazamento de um áudio em que ameaça invadir o STF (Supremo Tribunal Federal). O artista conta que se arrepende do que chama de frase infeliz e garante que o motivo da investigação da PF (Polícia Federal) contra ele foi uma brincadeira.

Em entrevista ao repórter Roberto Cabrini, Reis se diz triste com a forma com quem vem sendo tratado. “Não me arrependo de nada. Só esta frase infeliz, que eu brinquei com um amigo, que vazou. Mas não é a realidade. E se eu falei, foi brincando.”

No áudio que motivou a apuração, o artista afirma: “Se em 30 dias não tirarem aqueles caras nós vamos invadir, quebrar tudo e tirar os caras na marra. Pronto. É assim que vai ser.”

Nesta semana, o artista foi alvo de mandados de busca e apreensão da PF, como parte de um inquérito que apura “eventual cometimento do crime de incitar a população, através das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a Democracia, o Estado de Direito e suas Instituições, bem como contra os membros dos Poderes”.

Sérgio Reis disse a Cabrini que fez a declaração em um momento de desequilíbrio, e que está disposto a se retratar. “Eu errei, cara. Quem não erra? Quem é que não erra? Quem não faz uma bobagem um dia, sabe”, desabafou.

Alvo da PF

Os mandados foram autorizados pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, a pedido da PGR (Procuradoria Geral da República).

“Eles [os ministros do STF] tomam as atitudes que eles acham que estão certas, eles se acham o dono do país. Fazem coisas que desagradam a gente e isso incomoda. São soberanos, mas até onde vai não sei”, disse o cantor.

Declarações polêmicas

Um vídeo no dia 29 de julho já mostra o cantor promovendo um protesto para setembro. “Nós estamos fazendo um movimento pra salvar o nosso país, sem agressões, sem nada. Nós queremos dar um jeito de movimentar o nosso país e salvar o nosso povo”, afirma em vídeo.

Em 12 de agosto, ele vai a Brasília e segue ao Palácio do Planalto junto com um grupo de indígenas. No mesmo dia, se reúne com produtores de soja e busca apoio para o protesto pelo impeachment de ministros do STF e sobe o tom. “Nós vamos parar 72 horas. Se não fizer nada, nas próximas 62 horas, ninguém anda no país. Vai parar porto, vai parar tudo”, diz, em uma reunião.

Depois do encontro, sugere que a manifestação não será pacífica. “Eles vão receber um documento assim: ‘vocês têm 72 horas para aprovar o voto impresso e para tirar todos os misnitros do Supremo Tribunal Federal’. Não é um pedido, é uma ordem. Se em 30 dias não tirarem aqueles caras nós vamos invadir, quebrar tudo e tirar os caras na marra. Pronto. É assim que vai ser.”

Na conversa com Cabrini, ele reclama do modo como vem sendo tratado após a divulgação das falas. Diz que está sendo tratado como bandido, mas se definie como “democrático, do bem e do amor”.

O artista afirma que sabe que corre risco de uma eventual prisão. “Mas não tem problema, eu vou lá. Não matei ninguem, não bati em ninguém, não agredi ninguém”. Ao comentar os aúdio, se exalta: “Esquece esse áudio. Eu errei, dá licença de eu errar? Então acabou, morreu aí, não fala mais. Se não eu paro a entrevista aqui.”

A conversa prossegue e ele pede desculpas aos ministros do STF. “Se caso eu os ofendi, me perdoem, como ser humano, e também com respeito ao cargo de vocês. Agora, respeitem o povo também. Isso é o que eu peço, acho que estou sendo justo. Peço desculpas se eu magoei o Alexandre o Barroso ou qualquer um. Nunca falei de todos eles. Já cruzei com esses ministros e nunga joguei uma frase: ‘Ae, safado’. Nunca fiz isso, nem faria, porque não é justo.”

Depois da ação da PF

A equipe do Domingo Espetacular voltou à residência do cantor. Reis estava acamado, triste com o que chamou de abandono dos amigos. O parceiro musical Renato Teixeira foi um dos que prestou apoio.

“Estou arriado, estou cansado. Tenho 81 anos. O que eu tinha que fazer, eu já fiz. Não vai depender de mim. Vai depender do povo, do governo, vai depender deles”, disse o artista.

Banner825x120 Rodapé Matérias
Fonte r7
você pode gostar também