Ibovespa fecha em queda e já recua 2% no ano; dólar salta 2% e DIs longos avançam até 30 pontos com ata do Fomc

Mercado registra desempenho negativo pela terceira vez consecutiva em meio a política e cenário externo

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SÃO PAULO – O Ibovespa fechou em queda pela terceira vez consecutiva nesta quarta-feira (18) após um pregão de extrema volatilidade no qual o índice chegou a ir de uma baixa de 1% para uma alta de 0,6% em poucos minutos antes da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).

Segundo Sidney Lima, analista de investimentos da Top Gain, nos primeiros meses deste ano o mercado brasileiro engatou uma alta considerável motivada pelo aumento nos preços das commodities, que se seguiu à recuperação econômica, especialmente de China e Estados Unidos, depois do baque do coronavírus.

No entanto, logo vieram intervenções do governo chinês como a realizada para conter a alta descontrolada do minério de ferro, além do novo aumento de casos de Covid-19 globalmente devido à variante delta.

 

“Estes fatores atingiram em cheio a nossa Bolsa de Valores considerando a alta exposição do Ibovespa a commodities como o petróleo e o minério de ferro. Um novo balizador desse sentimento tem sido os dados de emprego, inflação e varejo vindo abaixo da expectativa, mostrando que a tão sonhada retomada tende a demorar um pouco mais do que esperávamos”, destaca o analista.

Já Jansen Costa, sócio fundador da Fatorial Investimentos, comenta que a Bolsa zerar os ganhos no ano é algo que assusta o novo investidor de renda variável e pode gerar uma fuga de capital das pessoas físicas.

“A perspectiva acaba sendo negativa. Com o aumento de juros [realizado pelo Banco Central], esse investidor começa a questionar se deixar o dinheiro alocado em ações é bom, dado que a renda fixa está se tornando mais rentável”, avalia.

Nesta quarta especificamente, o principal driver da sessão foi a ata do Fomc, que abriu a porta para a redução dos estímulos no fim deste ano. “Olhando para o futuro, a maioria dos participantes observou que, desde que a economia evolua amplamente como eles anteciparam, eles julgaram que pode ser apropriado começar a reduzir o ritmo de compras de ativos neste ano”, diz o documento.

As bolsas internacionais foram à mínimas após serem divulgadas as sinalizações do Fed. Hoje, o Dow Jones caiu 1,08% a 34.960 pontos, o S&P 500 teve queda de 1,07% a 4.400 pontos e o Nasdaq recuou 0,89% a 14.525 pontos.

Essa ata do Fomc foi a última grande comunicação do banco central dos EUA antes do simpósio de Jackson Hole, que ocorre entre os dias 26 e 28 de agosto.

 

No noticiário doméstico, ontem a Câmara dos Deputados aprovou por 390 votos a 99 e uma abstenção a retirada de pauta do projeto que modifica as regras da cobrança do Imposto de Renda. Uma das sustentações mais emblemáticas da sessão plenária foi a do líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), que disse haver “um dilema entre a previsão de dividendos e a perda de arrecadação dos estados e municípios”.

De acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo, os entes querem mais R$ 18 bilhões para a aprovação da medida, o que faz com que integrantes do Ministério da Economia digam que o projeto já “não se paga”.

Também na política, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse que pediu ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, por uma retomada da reunião dos Três Poderes. Segundo Pacheco “radicalismo” e “extremismo” são ruins para o Brasil e para a democracia.

O Ibovespa teve queda de 1,07%, a 116.642 pontos com volume financeiro negociado de R$ 38,022 bilhões. Com isso, o benchmark acumula perdas de 2% no ano de 2021 e atinge seu menor patamar de fechamento desde o dia 1º de abril, quando o índice encerrou o pregão cotado a 115.253 pontos.

Na mínima intradiária hoje, o Ibovespa bateu 116.488 pontos, em queda de mais de 1%. Já na máxima, registrada perto das 14h, a Bolsa chegou a operar em 118.738 pontos, em um pregão que foi marcado por extrema volatilidade por causa do cenário macroeconômico e pelo vencimento de opções sobre o índice, realizado no início da tarde.

Enquanto isso, o dólar comercial subiu 1,99% a R$ 5,374 na compra e a R$ 5,375 na venda. Já o dólar futuro com vencimento em setembro registra ganhos de 1,64% a R$ 5,392.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 subiu seis pontos-base a 6,75%, o DI para janeiro de 2023 teve alta de 18 pontos-base a 8,60%, DI para janeiro de 2025 disparou 30 pontos-base a 9,94% e DI para janeiro de 2027 registrou avanço de 28 pontos-base a 10,37%.

A variante delta do coronavírus também segue fazendo preço nas bolsas mundiais. Em entrevista à rede de notícias CNBC, o chefe de estratégia de investimento do Leuthold Group, Jim Paulsen, ressaltou que os novos casos de Covid continuam a aumentar, o que traz dúvidas sobre a reabertura econômica. Os dados de consumo recuaram recentemente, indicadores de inflação continuam altos, e o Federal Reserve vem sinalizando redução de estímulos.

 

Além disso, o mercado acionário já não vem reagindo a resultados positivos das empresas, e há sinais de que as bolsas caminham para uma correção, avaliou Paulsen.

Já na Ásia, em reunião de terça-feira, o Comitê Central para Assuntos Financeiros e Econômicos da China disse que esforços devem ser feitos para encontrar um equilíbrio entre garantir um crescimento econômico estável e prevenir riscos financeiros, de acordo com a mídia estatal Xinhua.

No radar econômico da Europa, foi divulgado o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) relativo ao Reino Unido em julho, que se manteve na comparação mensal, abaixo da expectativa de alta de 0,3% e do patamar anterior, de alta de 0,5%. A variação anual marcou 2%, abaixo da expectativa de alta de 2,3% e do patamar anterior, de 2,5%.

A inflação ao consumidor relativa a julho na Zona do Euro marcou avanço de 2,2% na comparação anual, em linha com a expectativa de analistas, e acima do patamar anterior, de 1,9%. Na comparação mensal, recuou 0,1%, também em linha com a expectativa, e abaixo do patamar anterior, de alta de 0,3%.

No mercado de commodities, o contrato futuro do minério de ferro negociado na Bolsa de Dalian registra queda de mais de 3%. O minério ampliou as perdas com um alerta da BHP (BHPG34), que vê probabilidade crescente de “cortes severos” da produção de aço da China este ano.

Covid, CPI, instabilidade entre poderes e eleições

Na terça (17), a média móvel de mortes por Covid em 7 dias no Brasil ficou em 833, queda de 10% em comparação com o patamar de 14 dias antes. Em apenas um dia, foram registradas 1.137 mortes. As informações são do consórcio de veículos de imprensa que sistematiza dados sobre Covid coletados por secretarias de Saúde no Brasil, que divulgou, às 20h, o avanço da pandemia em 24 h.

A média móvel de novos casos em sete dias foi de 29.117, o que representa queda de 11% em relação ao patamar de 14 dias antes. Em apenas um dia foram registrados 38.218 casos.

Chegou a 117.699.389 o número de pessoas que receberam a primeira dose da vacina contra a Covid no Brasil, o equivalente a 55,58% da população. A segunda dose ou a vacina de dose única foi aplicada em 51.577.522 pessoas, ou 24,36% da população.

 

Na terça falou à CPI da Covid Alexandre Silva Marques, auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) responsável pelo falso relatório divulgado pelo governo Bolsonaro, que questionava a contabilização de mortes por Covid feita pelos estados.

Marques alegou que compartilhou apenas um relatório “preliminar” com seu pai, o coronel Ricardo Marques, que o teria encaminhado ao presidente de forma indevida.

Ao viralizar por meio de redes bolsonaristas, o relatório falso levava o nome do TCU e destaques. Os senadores afirmaram que Bolsonaro teria compartilhado o crime de falsificação, já que não se tratava de um documento oficial do tribunal.
Nesta quarta, a CPI ouve Túlio Silveira, advogado da Precisa Medicamentos, empresa responsável por intermediar a negociação entre o governo brasileiro e a indiana Bharat Biotech pela compra da vacina Covaxin.

Além disso, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou a proposta de PEC que estabelece a retomada das coligações nas eleições proporcionais de deputados, com 347 votos a favor e 135 contra. As coligações permitem a partidos se unirem em um único bloco para disputar eleições proporcionais. O fim das coligações havia sido aprovado por emenda constitucional de 2017, visando reduzir o número de partidos pequenos no Brasil.

Agora, a proposta segue para o Senado, cujo presidente, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), já se manifestou contrariamente. Na terça, Pacheco também afirmou que “Precipitarmos uma discussão de impeachment, seja do Supremo, seja do presidente da República, qualquer tipo de ruptura, não é algo recomendável para um Brasil que espera uma retomada do crescimento, uma pacificação geral, uma pauta de desenvolvimento econômico, de combate à miséria e à pobreza”.

Há mais de uma centena de pedidos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Congresso. Bolsonaro afirmou no final de semana que pretende apresentar um pedido de impeachment Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso do Supremo Tribunal Federal (STF). Barroso acumula o cargo de presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em entrevista à rádio Jovem Pan na segunda, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general da reserva Augusto Heleno, disse que o Judiciário vem aumentando as tensões e que pode haver uma intervenção das Forças Armadas no país “num caso muito grave”.

Heleno citou o Artigo 142 da Constituição, que estabelece o papel das Forças Armadas e que tem sido frequentemente interpretado pelo presidente Jair Bolsonaro e por seus aliados no sentido de dar às Forças Armadas um “poder moderador” em momentos de crise entre os Poderes da República –Judiciário, Legislativo e Executivo.

Na terça, o ministro da Defesa, general da reserva Walter Braga Netto afirmou que não existe nenhuma articulação das Forças Armadas fora dos limites da Constituição.

Ele negou que tenha feito ameaças ao Senado, no episódio em que divulgou nota em reação à supostas irregularidades cometidas por militares em cargos no governo, e ao presidente da Câmara dos Deputados, no caso em que teria dito que não haveria eleição em 2022 sem aprovação do voto impresso.

Ele também disse avaliar que não houve ditadura no Brasil durante o período da ditadura militar, que durou de 1964 a 1985. “Não, não considero que tenha havido uma ditadura”, disse Braga Netto.

“Houve um regime forte, com excesso dos dois lados, mas isso tem que ser analisado na época da história, de Guerra Fria e tudo mais. Não trazer uma coisa do passado para os dias de hoje. Se houvesse ditadura, talvez muitas pessoas não estariam aqui. Execuções, ditadura, como disse um dos deputados, são em outros países”, disse o ministro.

Além disso, a avaliação negativa do governo do presidente Jair Bolsonaro manteve-se em trajetória de alta e chegou a 54%, de acordo com pesquisa do instituto Ipespe para a XP Investimentos divulgada na terça-feira. A pesquisa apontou ainda que 58% dos entrevistados são contra o voto impresso, que é firmemente defendido pelo presidente apesar de ter sido rejeitado recentemente na Câmara.

Essa é a sexta pesquisa seguida XP/Ipespe que mostra elevação na avaliação negativa do governo, ainda que dentro da margem. Aqueles que consideram o governo bom ou ótimo são 23%, ante 25% na pesquisa anterior, ao passo que os que consideram a gestão regular são 20%, contra 21%.

Além disso, a desaprovação à maneira que Bolsonaro administra o país manteve-se em 63%, mesmo patamar da pesquisa anterior, ao passo que os que a aprovam são 29%, ante 31% na pesquisa anterior.

A pesquisa também indicou continuidade da dianteira nas pesquisas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial do ano que vem. Em uma das simulações, o petista aparece com 40%, Bolsonaro (sem partido) fica com 24%, Ciro Gomes (PDT) tem 10%, o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro (sem partido) soma 9%, enquanto o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), têm 4% cada.

Reforma do Imposto de Renda e Bolsa Família

Na terça, a Câmara dos Deputados decidiu adiar mais uma vez a votação do projeto que altera a cobrança do Imposto de Renda, que ainda enfrenta resistências dentro e fora do Congresso.

Deputados demonstraram desconforto em aprovar a proposta como está, principalmente trecho que trata da taxação de dividendos em 20%. Parlamentares defendem um escalonamento, mas a demanda estaria enfrentando pouca abertura para negociação por parte do Ministério da Economia. Ao mesmo tempo, governos estaduais e municipais apontaram que o texto implica em perdas de arrecadação, o que comprometeria a prestação de serviços locais.

As capitais fizeram coro e calcularam uma perda de R$ 1,5 bilhão com a reforma. A Confederação Nacional de Municípios divulgou nota a favor do projeto de lei, mas destacando que o apoio vinha após o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ter se comprometido a pautar na Casa proposta para aumentar o FPM (Fundo de Participação dos Municípios) para compensar a perda sofrida com a redução do IR na reforma.

Segundo uma fonte do time do ministro da Economia Paulo Guedes ouvida pela agência internacional de notícias Reuters, há divergências dentro da própria pasta a respeito da qualidade do texto final e da viabilidade de a matéria avançar nesse momento em meio à saraivada de críticas recebidas tanto de entidades setoriais quanto dos entes regionais.

Na semana passada, a equipe econômica teria recebido um banho de água fria com o adiamento da votação do parecer do relator, deputado Celso Sabino (PSDB-PA).

Isso porque o governo conta com a tributação sobre dividendos um dos nortes da reforma como fonte de receita para o Auxílio Brasil, o reformulado e mais robusto Bolsa Família.

Agora, a perspectiva é de enviar o projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2022 sem incorporar quaisquer ganhos com a reforma do IR, disse uma segunda fonte da equipe.

Para isso acontecer, o texto teria que ser aprovado tanto na Câmara quanto no Senado até o fim deste mês, prazo para o envio do PLOA ao Congresso.

Mas as perspectivas têm ficado menos animadoras e mais ameaçadas pelos benefícios negociados nos bastidores para que a tramitação da reforma prospere, afirma a Reuters.

Segundo uma fonte consultada pela agência, um dos pontos de inflexão refere-se à taxação de dividendos.

A demanda é por um escalonamento, mas a equipe econômica estaria “irredutível” neste ponto, mantendo a visão de que os dividendos devem ser taxados em 20%.

Na terça, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou em live do Bradesco que a percepção do mercado vem sendo de que tanto a reforma do Imposto de Renda quanto a PEC dos Precatórios foram propostas para financiar um programa de transferência de renda mais robusto. Assim, o governo precisa passar uma mensagem mais forte sobre disciplina fiscal, afirmou.

“Esse ruído recente em torno de o que vai ser o Bolsa Família acho que na verdade está gerando muito barulho para os dados (fiscais) e reconheço que isso é um fato e que o governo precisa passar uma mensagem forte sobre isso”, disse.
Por outro lado, Campos Neto disse ser preciso pontuar que o cenário fiscal brasileiro hoje é melhor do que o que havia sido esperado no meio da crise de Covid-19.

De acordo com o presidente do BC, os números mostram que o déficit primário neste ano ficará por volta de 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB) e que para 2022, ano de eleições, “não será muito maior que zero”.

Campos Neto disse ter sido informado em conversa recente com o ministro da Economia, Paulo Guedes, que o déficit para o próximo ano ficará por volta de 0,3% a 0,4% do PIB.

“Mas não é isso que o mercado está precificando”, afirmou ele. “Isso tem a ver com o fato de que muito dos novos projetos o mercado teve a percepção que foram lançados de uma forma muito ligada à vontade do governo de ter um programa Bolsa Família melhor”, completou.

Radar corporativo

A Alliar (AALR3) comunicou na terça-feira que a Rede D’Or (RDOR3) comprou no dia anterior 2.538.600 ações ordinárias (ONs) da empresa, no total de R$ 28,566 milhões, segundo notificação enviada pela rede de hospitais. A Rede D’Or anunciou na segunda que seu conselho de administração aprovou uma oferta pública de aquisição (OPA) para adquirir ações da Alliar por até R$ 1,36 bilhão.

Maiores altas

ATIVO VARIAÇÃO % VALOR (R$)
COGN3 4.51613 3.24
BRKM5 4.20952 54.71
EMBR3 3.68943 18.83
PRIO3 3.16418 17.28
CVCB3 3.08678 17.7

Maiores baixas

ATIVO VARIAÇÃO % VALOR (R$)
UGPA3 -4.96894 15.3
USIM5 -4.73435 18.11
KLBN11 -3.85073 24.22
BRAP4 -3.80583 66.98
SBSP3 -3.5312 31.69

A Locaweb (LWSA3) comunicou ao mercado ter aprovado o programa de recompra de ações, que terá o objetivo de adquirir até 3 milhões de ações, com programa tendo prazo previsto de dois anos.

O Conselho de Administração da JHSF (JHSF3) aprovou o cancelamento do saldo das ações mantidas em tesouraria e um novo programa de recompra de ações de sua própria emissão. Foi cancelado o montante total de 2,800 milhões de ações ordinárias de emissão da Companhia, sem redução do valor do capital Social.

A Desktop (DESK3), por sua vez, assinou um contrato para a aquisição da totalidade do capital da Net Barretos por R$ 51,5 milhões.

Já a Cielo (CIEL3) negou em comunicado as informações do jornal Valor de que o Bradesco (BBDC4) e o Banco do Brasil (BBAS3) estariam avaliando fechar o capital da companhia.

(com Reuters e Estadão Conteúdo)

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