Jessica Alves quer ter um filho em até 2 anos: “Não quero ficar velha sozinha”
Apresentadora, que mora em Londres, está no Brasil para comprar uma casa e para trocar documentação com seu novo nome oficial
Jessica Alves desembarcou no Brasil nesta terça-feira (18) em busca de investimentos e de sua total transição de gênero e identidade. A apresentadora brasileira, que ficou internacionalmente conhecida como Ken Humano, e que assumiu sua transexualidade em janeiro de 2020, contou com exclusividade para Quem que voltou à terra natal para comprar uma casa e para trocar sua documentação oficial.
Recentemente, a apresentadora vendeu a sua casa em Marbella, na Espanha, porque pretende comprar uma aqui e passar mais tempo perto de seus familiares. “Ainda tenho um apartamento na praia e o de Londres. Porém estou pensando no futuro. Já tenho 38 anos. Quero ter a minha própria família. Vou fazer a cirurgia de implante de útero, vou tentar ter o meu próprio bebê. Caso não dê certo, vou adotar um bebê. Quero ter um marido, também. E quero, por fim, morar entre a Inglaterra e o Brasil. Quero estar mais presente aqui com a família. Estou pensando na minha velhice aqui e não na Europa”, explicou.
Questionada sobre a vontade de ser mãe, Jessica explicou que pretende ter um filho independentemente de estar em um relacionamento. “Vou adotar independentemente de estar com alguém. Claro, eu quero ter um pai para o meu filho, mas já tenho 38 anos. Penso em minha velhice, não quero ficar velha sozinha. Daqui a dois anos já quero ter o meu filho. Eu gostaria muito de ser abençoada e ter a experiência de gerar o meu próprio filho, mas também tem muitas crianças lindas carentes que precisam de amor, e eu tenho muito amor em meu coração. Então, eu penso em adotar uma criança”, disse.
Transição de gênero e documentação
Segundo Jessica, que foi submetida à cirurgia de redesignação sexual em fevereiro deste ano, andar e especialmente viajar com passaporte e outros documentos com seu nome oficial – Rodrigo Alves – vem causando constrangimentos. Por este motivo, ela decidiu vir ao Brasil para fazer a mudança oficial de seu registro.
“É muito constrangedor ser mulher como sou hoje e ter um passaporte com uma foto que não se parece comigo com um nome do sexo masculino. Ninguém nunca me tratou mal, ou com preconceito, porém me olham estranho. Olham para o passaporte e para mim e pensam: ‘Será que é a mesma pessoa?’. Só com o olhar da pessoa, vejo que está com dúvida, e acabo tendo que explicar sempre que sou transexual”, explicou Jessica.
Apesar de morar na Europa há muitos anos, Jessica tem sua documentação original brasileira e precisa realizar a transição primeiro aqui. “Só pode ser feito pessoalmente aqui no Brasil, não pode ser feito via Consulado. Eu tenho dupla nacionalidade, e para trocar os documentos britânicos, teria que trocar os brasileiros primeiro. Vim para ca fazer isso, porque é importante para mim”.