Utilização do carro rouba fatia do transporte coletivo e cresce na pandemia
Com a pandemia, o carro ficou mais presente na vida dos brasileiros. Uma pesquisa da Webmotors divulgada nesta quarta-feira (18) mostra que o uso do carro como meio de transporte passou de 50% em agosto de 2019 para 56% em abril deste ano.
O uso do veículo foi o único que cresceu, enquanto transporte coletivo caiu de 10% para 7%. Outros meios, como transporte por aplicativo, motos e bicicletas também registraram queda, mas mais suaves. A locomoção por patinete e a pé permaneceram estáveis.
“Um olhar atento aos movimentos apontados pelo estudo mostra que o carro ganhou a preferência das pessoas por conta da segurança para evitar o contágio pelo novo coronavírus, à medida que as pessoas e suas famílias evitam aglomerações em outros meios, como apontado pela queda do uso do transporte coletivo”, afirma Eduardo Campos, diretor comercial da Webmotors.
Meios de transportes usados pelos brasileiros:
Meio de transporte | Agosto/19 | Abril/21 |
---|---|---|
Carro | 50% | 56% |
Transporte coletivo | 10% | 7% |
Moto | 13% | 12% |
Aplicativos de transporte | 8% | 7% |
Bicicletas | 6% | 5% |
A pé | 12% | 12% |
Patinete | 1% | 1% |
Quais os meios de transporte que os brasileiros mais gostariam de conhecer? Os carros elétricos e híbridos são os que mais atraem a curiosidade, mencionados por 26% dos entrevistados. Os patinetes compartilhados foram a resposta de 5%, enquanto as bicicletas compartilhadas, de 3%.
“Em 2019, quando fizemos a primeira pesquisa, o cenário era outro, não apenas pela pandemia que teve reflexos a partir de 2020, mas, também, pelas mudanças no perfil dos consumidores nos últimos dois anos, que antes buscavam conhecer os carros por aplicativo, além da febre dos patinetes e bicicletas compartilhadas espalhados pelas grandes cidades do país. Ao retomar as mesmas questões esse ano, o carro se manteve como a forma de locomoção mais utilizada e cresceu ainda mais, além de ter aparecido entre as formas que gostaria de conhecer quando surgem novas tecnologias, como os veículos híbridos e elétricos”, diz Eduardo.