Facebook tentar mudar exibição de anúncios sem diminuir a privacidade
O Facebook se prepara para um modelo de publicidade que não dependa do rastreamento da navegação do usuário para a exibição de anúncios, pelo menos não da mesma forma de antes. O sistema é basicamente o formato com o qual a rede social cresceu, mas deve ser alterado em breve com as novas regras de privacidade.
Recentemente a Apple atualizou o iOS e passou a dar a opção para os usuário escolherem se querem ter sua navegação rastreada por aplicativos ou não. Em breve, o Google também deve adotar um sistema do tipo no Android, mesmo que não seja tão radical quando o da rival.
Além das regras das plataformas, a União Europeia considera aplicar a proibição de anúncios seguimentados como parte do conjunto de leis que está sendo desenvolvido. Nos EUA, Joe Biden já declarou que pretende rever esse tipo de publicidade também.
Anúncios no Facebook
Com isso, as empresas estão sendo obrigadas a estudarem suas políticas de publicidade. O Facebook analisa, junto com o Google, uma forma de fazer isso sem ferir essas regras, mas ainda conseguindo fornecer anúncios.
“Definitivamente, vemos que a personalização [de anúncios] evoluirá de forma muito significativa ao longo dos próximos cinco anos. E esse investimento bem antes disso beneficiará todos os nossos clientes e nos permitirá ajudar a moldar o estado futuro do ecossistema de anúncios”, disse o executivo de publicidade do Facebook, Graham Mudd ao The Verge.
Uma solução para isso pode se basear no aprendizado de máquina, onde o dispositivo do usuário coleta dados de navegação e determina o tipo de anúncio desejado. Esse resultado é enviado anonimamente para uma nuvem e os anunciantes podem decidir como prosseguir. “Acho que um dos desafios do aprendizado do dispositivo é que os recursos de computação necessários para o fazer estão obviamente sob o controle dos próprios sistemas operacionais”, completou.