Setor de serviços cresce 1,7% em junho e supera nível pré-pandemia
O Setor de Serviço, maior empregador do Brasil, superou os níveis do pré-pandemia. O volume de serviços no Brasil avançou 1,7% em junho em comparação ao mês anterior, acumulando ganho de 4,4% nos últimos três meses. No ano, o crescimento chegou a 9,5% e o acumulado em 12 meses, a 0,4%.
Com isso, o setor de serviços amplia o distanciamento frente ao nível pré-pandemia, ficando 2,4% acima de fevereiro de 2020, e alcança o patamar mais elevado desde maio de 2016, segundos dados divulgados nesta quinta-feira (12) pelo IBGE.
As cinco atividades investigadas pela pesquisa tiveram expansões no mês, com destaque para serviços de informação e comunicação que alcançaram o ponto mais alto de sua série, iniciada em janeiro de 2011. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio registraram o nível mais elevado desde maio de 2015. E serviços prestados às famílias atingiram o maior patamar desde fevereiro de 2020.
- Serviços de informação e comunicação: 2,5%
- Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio: 1,7%
- Serviços prestados às famílias: 8,1%
- Serviços profissionais, administrativos e complementares: 1,4%
- Outros serviços: 2,3%
Serviços cresceram em 23 das 27 Unidades da Federação
23 das 27 unidades da Federação tiveram expansão no volume de serviços em junho de 2021, em relação ao mês anterior. O impacto mais importante veio do Rio de Janeiro (5,4%), seguido por São Paulo (0,5%), Minas Gerais (2,4%), Rio Grande do Sul (3,4%), Pernambuco (5,4%), Santa Catarina (3,1%) e Distrito Federal (3,3%).
Por outro lado, Mato Grosso (-5%), Bahia (-0,8%) e Tocantins (-1,8%) registraram as únicas retrações em termos regionais. Por sua vez, Alagoas (0%) apresentou estabilidade ante maio.
Turismo avança, mas segue longe do patamar pré-pandemia
Em junho de 2021, o índice de atividades turísticas subiu 11,9% frente ao mês anterior, segunda taxa positiva consecutiva, período em que acumulou um ganho de 43%. Vale destacar, contudo, que o segmento de turismo ainda necessita crescer 29,5% para retornar ao patamar de fevereiro do ano passado.
Regionalmente, todos os 12 locais pesquisados acompanharam este movimento de expansão verificado na atividade turística nacional (11,9%). A contribuição positiva mais relevante ficou com São Paulo (5,3%), seguido por Rio de Janeiro (12,4%) e Minas Gerais (19,7%).
No acumulado do ano, o agregado especial de atividades turísticas teve expansão de 4,6% frente a igual período de 2020, impulsionado, sobretudo, pelos aumentos nas receitas de empresas que pertencem aos ramos de transporte aéreo, locação de automóveis, hotéis e restaurantes.