Mourão: “Não tem mais o que fazer” se voto impresso for rejeitado no plenário
Proposta não passou na comissão especial, mas será deliberada pelo plenário da Câmara dos Deputados nesta semana
O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta 2ª feira (9.ago.2021) que uma possível rejeição da proposta do voto impresso colocará um “ponto final” no debate da medida. Segundo ele, “não tem mais o que fazer” se a maioria dos deputados votarem contra o texto.
“Acho que a partir daí [da rejeição] não tem mais o que fazer, tá definido pelo Legislativo, pronto. Cumpra-se“, declarou Mourão em entrevista a jornalista na manhã desta 2ª feira (9.ago), na chegada ao Palácio do Planalto.
A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do voto impresso foi rejeitada na comissão especial que na semana passada. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidiu levar a proposta para a análise do Plenário.
“Foi uma boa linha de ação do presidente Lira porque aí coloca pra o conjunto da Câmara de Deputados definir essa questão. Eu tenho dito, várias vezes, que isso é um assunto do Legislativo. Aquilo que o Legislativo decidir, nós temos que cumprir“, disse o vice-presidente.
Assim como o presidente Jair Bolsonaro, Mourão é a favor do voto impresso, mas afirmou na 3ª feira (3.ago) que a discussão da medida estava “mal conduzida” pelo Executivo e Judiciário.
Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro disse que a proposta do voto impresso será “derrotada” na Câmara. O assunto é motivo de divergência entre o presidente e o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). De acordo com Lira, o chefe do Executivo afirmou que “respeitará” o resultado do plenário.