Aquecimento global na próxima década pode levar planeta Terra à catástrofe, aponta relatório
Levantamento do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas aponta para as consequências do aumento da temperatura
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) lançou nesta segunda, 9, um relatório que prevê o aumento da temperatura global em até 1,5 grau Celsius na próxima década.
Conforme reportado pelo O Globo, o relatório apresenta que, caso o patamar seja alcançado, isso significaria uma catástrofe, com riscos de falência de ecossistemas e prejuízo à saúde da população. Entre os acontecimentos que se tornarão mais comuns diante do aumento da temperatura estão ondas de calor, enchentes, aumento do derretimento de gelo e mais.
Após diversas reuniões entre representantes de 195 países, o documento foi divulgado — e representa o estudo de acadêmicos de apenas um grupo de trabalho do IPCC. Em fevereiro e março de 2022, as análises dos outros dois grupos serão publicadas.
Conforme analisado no relatório, planeta Terra deve chegar à marca de 1,5 grau Celsius de aumento dos termômetros na próxima década. A temperatura foi comparada aos níveis vistos antes da segunda metade do século XIX, pré-Revolução Industrial.
A professora da Universidade Paris-Saclay Valerie Masson-Delmotte falou (via O Globo) sobre os resultados apontados no levantamento do IPCC: “Este relatório é um choque de realidade. Está claro há décadas que o clima da Terra está mudando e que o papel da influência humana no sistema climático é indiscutível.”
Consequências do aumento da temperatura no Brasil
O estudo analisou como as mudanças climáticas afetariam cada região. Segundo o Globo, no Brasil, as regiões Sul e Sudeste terão precipitações mais intensas enquanto parte do Norte, Nordeste e Centro-Oeste poderão sofrer mais secas.
Paulo Artaxo, um dos redatores do IPCC e membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC), alertou (via O Globo) que os efeitos no Brasil serão devastadores. Segundo ele, o aumento do nível do mar engolirá regiões do litoral de cidades, como Rio de Janeiro e Recife.
O aumento da frequência de eventos extremos, como enchentes e tempestades, também tornarão inabitáveis locais formados por ilhas, cujas economias também serão arrasadas pela mudança climática.