Guedes quer fundir secretarias do Tesouro e do Orçamento
Iniciativa traria maior fluidez entre as 2 equipes e protegeria Economia de novo fatiamento
O ministro da Economia, Paulo Guedes, pretende fundir as atuais secretarias do Tesouro Nacional e do Planejamento e Orçamento em uma única área. Rascunho de decreto sobre essa mudança circula dentro do governo. Ainda não há aval do presidente Jair Bolsonaro.
As duas áreas passariam a integrar a Secretaria Especial do Tesouro e Orçamento, que substituiria a da Fazenda. A liderança continuaria nas mãos de Bruno Funchal. Ainda não há clareza sobre as posições, na hierarquia do ministério, dos atuais secretários do Orçamento Federal, Ariosto Antunes Culau, e do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt.
A seus colaboradores, Guedes afirma que a iniciativa, gestada 30 meses depois de ele compor o Ministério da Economia, daria maior fluidez aos trabalhos da equipe que formula o orçamento da União e calibra a sua execução a cada ano e daquela que gere os recursos públicos.
Também é vista como uma maneira de prevenir contra outras tentativas de fatiamento da Economia, que perdeu a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho na mais recente reacomodação de altos postos do Palácio do Planalto. A movimentação teve caráter político -aproximar o presidente Bolsonaro do Centrão.
As áreas da Previdência e do Trabalho voltam a compor um ministério, sob o comando de Onyx Lorenzoni. Ele perdeu seu cargo de ministro da Secretaria Geral da Presidência para o general Luiz Eduardo Ramos, que deixou a Casa Civil para o líder do Centrão, senador Ciro Nogueira (PP-PI).
Desde o anúncio desse 1ª desmembramento da Economia, setores do Centrão cobiçam especialmente a área de Orçamento. Rumores sobre a recriação do Ministério do Planejamento e Orçamento correram por Brasília na semana passada.