Caso Fort Detrick: China cobra investigação em “laboratório secreto” dos EUA
Nesta quinta-feira (22), a Embaixada da China no Brasil cobrou, publicamente, os Estados Unidos sobre os supostos segredos que podem estar escondidos no laboratório bioquímico de Fort Detrick, localizado no estado norte-americano de Maryland. O centro de estudos é conhecido oficialmente como Instituto de Pesquisa das Doenças Infecciosas do Exército dos EUA.
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De acordo com a embaixada chinesa, “o Fort Detrick permanece envolto em segredos” que merecem ser esclarecidos. Segundo a denúncia, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA solicitou que o laboratório Fort Detrick interrompesse a maior parte de sua pesquisa. Em seguida, “surtos inexplicáveis de doenças respiratórias apareceram no norte [do estado] da Virgínia e a EVALI estourou em Wisconsin”.
Vale lembrar que EVALI é o nome que a lesão pulmonar associada ao uso de vapes recebeu oficialmente. A condição que afeta as vias respiratórias pode ser identificada principalmente por seus sintomas e pelos hábitos dos indivíduos, já que a maioria é usuária dos cigarros eletrônicos.
Além dos dois casos de doenças supostamente misteriosas, as autoridades chinesas afirmam, nas redes sociais, que “comunidades de aposentados perto da base [Fort Detrick] experimentaram surtos de pneumonia inexplicáveis”.
Investigação sobre as origens do coronavírus
Nesta manhã (22), a China rejeitou publicamente os planos da Organização Mundial da Saúde (OMS) em iniciar uma segunda fase de estudo sobre origens da COVID-19. O anúncio foi feito por uma autoridade de saúde do país asiático. Isso porque o inquérito sobre o coronavírus SARS-CoV-2 deve investigar a possibilidade de um vazamento do vírus de um laboratório.
Nas últimas semanas, um número crescente de cientistas e as autoridades dos Estados Unidos questionam os resultados da primeira pesquisa. O próprio presidente dos EUA, Joe Biden, solicitou que as agências nacionais de inteligência analisassem os motivos que desencadearam a pandemia da COVID-19. No entanto, não há evidências concretas sobre a teoria.