‘Nem sabia que tínhamos ministro da Educação’: internautas ironizam discurso de Milton Ribeiro
- Ministro falou em cadeia nacional sobre retorno às aulas presenciais
- Usuários das redes sociais criticaram posicionamento
- MEC tem recebido críticas de organizações sociais
As redes sociais não perderam tempo em repercutir o pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão do ministro da Educação Milton Ribeiro na terça-feira (21).
Os usuários das mídias sociais se posicionaram contra as declarações feitas pelo ministro. Em seu discurso, Ribeiro defendeu a reabertura imediata de escolas em todo o país.
O ministro classificou o retorno às aulas presenciais como uma “necessidade urgente”. Ainda assim, a decisão de reabrir as escolas municipais e estaduais cabe aos estados e municípios.
O retorno às aulas é considerado por muitos especialistas como inseguro. Apesar do avanço na vacinação de profissionais da educação, o retorno às atividades presenciais pode representar um perigo às crianças e adolescentes.
Hoje, a Covid-19 é a maior causa de morte entre jovens de 0 a 19 anos no Brasil. O país tem uma das taxas de mortalidade infantil pela doença mais altas do mundo.
Além disso, o MEC (Ministério da Educação) tem recebido diversas críticas nos últimos meses. Mais recentemente, o encerramento das inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano teve pouco mais de 4 milhões de inscritos – o menor número desde 2007.
“Esta é mais uma prova de que este Governo quer acabar com o Exame Nacional do Ensino Médio e consequentemente dificultar a entrada no ensino superior, principalmente dos mais pobres”, afirmou Rozana Barroso, presidenta da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas.Assine agora a newsletter Yahoo em 3 Minutos
O Enem 2020 já havia sido criticado por organizações sociais e ficou conhecido como o mais desigual de todos os tempos.
“O último Enem ficou conhecido como o mais desigual da história e isso aconteceu pela desigualdade do acesso à educação na pandemia, pelo desleixo e a falta de cuidado com as nossas vidas e inclusive por não dar isenção aos estudantes que não compareceram na última prova por problemas relacionados a Covid”, afirmou Rozana.