O ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou que o Brasil não pode continuar com as escolas fechadas e que o retorno das aulas presenciais é uma “necessidade urgente”. A declaração foi dada durante pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão nesta terça-feira (20).
“O Brasil não pode continuar com as escolas fechadas, gerando impactos negativos nesta e nas futuras gerações. Não devemos privar nossos filhos do aprendizado necessário para a formação acadêmica e profissional deles”, disse o ministro.
Em pronunciamento, Milton Ribeiro destacou as consequências geradas pela pandemia de Covid-19 na educação, e as classificou como “devastadoras”.
“Estudos da Unesco, da Unicef e da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico apontam que o fechamento de escolas traz consequências devastadoras, como a perda de aprendizagem, do progresso do conhecimento, da qualificação para o trabalho e o aumento do abandono escolar. Sem falarmos das implicações emocionais”.
De acordo com o ministro, se o MEC pudesse determinar o retorno das aulas presenciais, ele já teria feito; mas destacou que a decisão de fechamento das escolas ficou com os estados e municípios.
“Quero deixar claro que, no Brasil, a decisão de fechamento e reabertura das escolas foi delegada a estados e municípios. Não tendo o governo federal o poder de decisão sobre o tema. O MEC não pode determinar o retorno presencial das aulas. Caso contrário eu já teria determinado. Mas não retorno a qualquer preço, que isso fique bem claro. Fornecemos protocolos de biossegurança sanitários a todas as escolas. Tanto da educação básica quanto do ensino superior”, afirmou Ribeiro.
A vacinação de toda a comunidade escolar não será uma condicionante para a reabertura das escolas, de acordo com pronunciamento realizado pelo ministro nesta terça-feira.
“A vacinação é importante e eu, pessoalmente, solicitei ao ministro da Saúde a priorização de todos os profissionais da educação, os quais já estão sendo vacinados. Entretanto, a vacinação de toda a comunidade escolar não pode ser condição para a reabertura das escolas”, disse.
“Caros pais, estudantes e profissionais da educação não podemos mais adiar este momento. O retorno às aulas presenciais é uma necessidade urgente”, acrescentou o ministro.