França irá exigir comprovante de vacinação em restaurantes
O presidente Emmanuel Macron anunciou nesta segunda-feira, 12, que será necessário apresentar um comprovante de imunização ou teste negativo de Covid-19 recente para frequentar locais de lazer e cultura.
O anúncio de Macron veio apenas três dias depois que a França abriu as portas de suas casas noturnas pela primeira vez em 16 meses.
O “passe sanitário” será exigido para todos com mais de 12 anos para ir a espetáculos, parques de diversão, shows ou festivais a partir de 21 de julho, afirmou o presidente.
Já a partir de agosto, quem quiser ir a cafés e restaurantes, bem como usar trens e ônibus para transportes de longa distância precisará apresentar o comprovante.
“Vamos estender o uso de passes de saúde o máximo que pudermos”, disse Macron, que acrescentou ainda a obrigatoriedade de vacina para profissionais do setor de saúde e de moradias de idosos a partir de setembro.
A vacinação na França perdeu velocidade. Até agora, 53% dos habitantes tomaram a 1ª dose, e 40,6% estão plenamente vacinados. O governo teme que a vinda da variante Delta, mais contagiosa, possa gerar uma nova alta de internações e mortes.
A preocupação do governo francês aumentou depois que a demanda por vacinas caiu nas últimas semanas devido à hesitação, uma sensação de que o vírus não é mais uma ameaça e porque algumas pessoas decidiram adiar as vacinas para depois das férias de verão.
Macron anunciou que a vacinação será obrigatória para aqueles que trabalham com pessoas frágeis, como idosos e deficientes, à medida que a França avançava para a vacinação de 100%.
Especialistas em saúde temem que uma quarta onda já tenha começado no país.
Outros países europeus também estão tomando medidas. Nesta segunda, a Grécia anunciou regra similar à França: passará a exigir a imunização dos profissionais de saúde. Na Espanha, as Ilhas Canárias pediram ao governo para retomar o toque de recolher.
A Holanda anunciou na última sexta-feira, 9, a volta de horários de fechamento para bares, restaurantes e clubes noturnos. O governo pediu desculpas por ter retirado as restrições no momento inadequado.