Fux está menor do que a cadeira que ocupa de presidente do STF
Em resposta às ofensas de Bolsonaro, Fux promete buscar diálogo institucional com os demais Poderes
Generaliza-se no Supremo Tribunal Federal a impressão de que sobra espaço na cadeira de presidente, ora ocupada pelo ministro Luiz Fux. Ele já não foi bem na tentativa de livrar o ex-juiz Sérgio Moro da suspeita de ter sido parcial na condução dos processos contra o ex-presidente Lula.
E agora estaria se saindo pior no enfrentamento das ofensas feitas ao tribunal e a alguns dos seus ministros pelo presidente Jair Bolsonaro. A propósito de algumas dessas ofensas, Fux limitou-se a soltar uma nota oficial anódina que sequer citou o nome do ofensor; uma nota que traiu seu medo não se sabe do quê.
À falta de uma reação que participasse de Fux, Bolsonaro voltou a avançar o sinal no fim de semana, elegendo o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, como seu alvo de estimação. Fux, desta vez, recolheu-se ao silêncio. Barroso está convencido de que ele não o defenderá à altura.
Dois auxiliares de Fux subscreveram nota de solidariedade a Barroso assinada por professores da Universidade Federal do Rio de Janeiro.