Messi é eleito o melhor da Copa América após Argentina quebrar jejum
Após jejum de quase três décadas da Argentina, vitória na Copa América foi também o primeiro título do jogador com a seleção. Messi e a família comemoraram nas redes sociais
A Argentina encerrou um jejum de 28 anos sem títulos após bater o Brasil na final da Copa América na noite deste sábado, 10, no Maracanã. Liderando a seleção durante a competição, apesar de atuação apagada na final, o meia argentino Lionel Messi foi eleito pela Conmebol como o melhor jogador do torneio.
A seleção argentina bateu o Brasil por 1×0, com gol ainda aos 22 minutos do primeiro tempo. De Paul fez lançamento longo, Renan Lodi não conseguiu cortar e Ángel Di María tocou por cima do goleiro Ederson, em belo gol. Di Maria foi eleito o melhor em campo na final.
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O goleiro argentino Emiliano Martínez, grande herói da semifinal contra a Colômbia ao defender três pênaltis, ficou com o título de melhor arqueiro da competição, embora tenha sido pouco exigido na final contra o Brasil.
Além do troféu de melhor jogador, Messi dividiu o troféu de artilheiro da competição com o colombiano Luis Díaz, com cinco gols cada. Também foi o que mais deu assistências, quatro no total.
Em seu perfil no Instagram, Messi fez três postagens após o título — seu primeiro com a seleção argentina desde que o craque do Barcelona começou a defender o país.
Antes do jogo, a Conmebol já havia dito também que tanto Messi quanto o brasileiro Neymar eram os melhores da Copa América. “Não é possível escolher só um jogador, porque esta competição tem dois melhores jogadores”, disse a Conmebol em comunicado, afirmando que “ambos se exibiram em grande nível”.
Os dois craques se abraçaram após o jogo ainda em campo e confraternizaram no vestiário.
Nas comemorações em campo, Messi foi jogado para cima e muito abraçado pelos companheiros. “Que bonita loucura! Isso é incrível, obrigada Deus!!!”, escreveu em uma das postagens, abraçando a taça.
A esposa de Messi, Antonela Roccuzzo, também fez sucesso com uma postagem em seu Instagram pessoal dos três filhos do craque comemorando a vitória.
“Argentina, vamos, vamos a ganhar”, cantavam os irmãos Ciro, Thiago e Mateo.
Torcida no estádio
Os poucos argentinos que estiveram no Maracanã comemoraram muito. O estádio recebeu 10% da capacidade de público – cerca de 6.500 torcedores.
Todos precisaram apresentar um teste negativo para covid-19 antes de entrar no estádio, mas “um número considerável de testes fraudulentos de PCR foram identificados entre os credenciados para os setores da Argentina e do Brasil”, afirmou a Conmebol, gerando críticas.
A seleção brasileira buscava o bicampeonato após levar o título da Copa América de 2019 contra o Peru (que também havia sido disputada no Brasil). O Brasil virou sede em cima da hora depois das desistências de Colômbia, em meio aos protestos no país, e Argentina, com o avanço da pandemia.
A decisão do governo brasileiro, da Confederação Brasileira de Futebol e da Conmebol na defesa do Brasil como sede quando a média móvel de mortes ainda superava as 2.000 diárias gerou críticas nacionais e internacionais. As cidades de Brasília, Goiânia, Cuiabá e Rio de Janeiro sediaram as partidas, e a final aconteceu no Maracanã, no Rio.
Como foi a final
A partida começou com muitas faltas e jogadas ríspidas. Logo aos 3 minutos Fred já tinha recebido cartão amarelo e pouco depois Neymar teve o short rasgado em uma das entradas que sofreu.
A Argentina abriu o placar logo na primeira oportunidade do jogo, aos 22 minutos. Depois disso, os brasileiros tiveram dificuldades no primeiro tempo. Insistiram muito pelo meio e pararam na marcação forte da rival. Neymar e Everton Cebolinha tiveram chutes travados, e nenhuma chance clara foi criada.
Com Firmino na vaga de Fred no intervalo, o Brasil foi ao ataque e teve um gol de Richarlison anulado os 7 minutos por impedimento. Dois minutos depois, Neymar deu ótimo passe para Richarlison, que chutou em cima do goleiro Martínez.
O Brasil pressionou em busca do empate e teve sua melhor chance com Gabriel Barbosa, o “Gabigol” no final, mas o goleiro argentino defendeu.
(Com Agência Reuters)