Argentina vence Copa América, e Messi conquista 1º título pela seleção principal
Derrotado por 1 a 0 na decisão, Brasil vive um novo Maracanazo
A Argentina venceu o Brasil por 1 a 0 na final da Copa América, disputada neste sábado (10) no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Com o resultado, a seleção argentina quebrou o jejum de títulos que já durava 28 anos. Foi também o primeiro título do craque Messi na equipe principal da Argentina.
Di Maria foi o autor do gol da conquista, ainda no primeiro tempo. Messi superou o duelo particular com Neymar, ex-companheiro de Barcelona. O argentino, um dos artilheiros do torneio, com quatro gols, foi eleito o melhor jogador da competição.
O Brasil acabou por reviver o “Maracanazo” de 1950, como ficou conhecida a derrota para o Uruguai por 2 a 1 na final da Copa do Mundo, também disputada no estádio carioca e uma das piores memórias da seleção brasileira em sua história.
O jogo foi aberto a convidados, com um público limitado a 10% da capacidade do estádio, cerca de 5,5 mil pessoas.
A seleção argentina principal não era campeã desde a Copa América de 1993, disputada no Equador. Desde então, o país perdeu sete finais da competições oficiais.
Jogador mais destacado da seleção argentina e seis vezes considerado pela Fifa o melhor jogador do mundo, Lionel Messi esteve em quatro finais nas quais a Argentina foi vice-campeã: nas edições da Copa América de 2007, 2015 e 2016 e na final da Copa do Mundo de 2014.
Resumo do jogo
O gol da Argentina foi marcado por Di Maria, que aos 21 minutos do primeiro tempo recebeu um lançamento de longe, alcançou a bola e encobriu o goleiro Éderson, numa falha do lateral brasileiro Renan Lodi.
O gol de Di Maria tornou um jogo que vinha morno em uma partida mais disputada, com a Argentina se sentindo mais à vontade, o que forçou a seleção brasileira a adiantar a marcação.
O Brasil voltou para a segunda etapa com mais força, e o atacante Richarlison chegou a balançar a rede da Argentina aos 7 minutos, mas o árbitro anulou o que seria o gol de empate da seleção brasileira porque viu impedimento de Neymar, autor do passe para o camisa 7.
A melhora da seleção brasileira, no entanto, não foi suficiente para reverter o resultado.
Com o avanço do relógio, os treinadores apostaram em mudanças nos times. O Brasil já havia substituído Fred por Firmino no começo do segundo tempo, e depois trocou Éverton por Vinícius Jr, aos 20 minutos. Faltando 15 minutos para o fim do tempo regulamentar, o técnico Tite fez uma troca dupla na seleção: saíram Renan Lodi e Lucas Paquetá, entraram Émerson e Gabriel.
A Argentina manteve o time da primeira etapa, mas aproveitou o desenrolar do segundo tempo para fazer todas as substituições a que tinha direito. Leandro Paredes deu lugar a Guido Rodríguez, Lo Celso saiu para a entrada de Tagliafico, Lautaro Martínez foi substituído por Nicolás González, Pezzela entrou no lugar de Romero e, finalmente, Di Maria, autor do gol do título, deu lugar a Exequiel Palacios.
A segunda metade do jogo também foi mais faltosa, e o juiz tirou o cartão amarelo do bolso sete vezes.
A seleção da Argentina ainda teve chance de ampliar o placar com Messi aos 42 minutos do segundo tempo. Ele recebeu a bola na pequena área, mas perdeu o equilíbrio, e a bola acabou nas mãos de Éderson.
Jogo com torcida
As associações de futebol de cada país – a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Associação de Futebol da Argentina (AFA) – tiveram direito a 2,2 mil credenciais cada. Além disso, outros 1,1 mil convites foram distribuídos pela Conmebol e por patrocinadores da Copa América, totalizando cerca de 5,5 mil torcedores no Maracanã.
No entanto, parte dos credenciados para assistir ao jogo no estádio teria apresentado testes fraudados de PCR para Covid-19, segundo informou neste sábado a própria Conmebol. O caso está sob investigação.
Muitos torcedores foram vistos sem máscaras nas arquibancadas e se aglomeraram antes da partida.