Globo faz campanha contra o STF para manter instituições sob seu controle e impedir investigação de seus crimes

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A Globo está em uma campanha intensa para emparedar o Supremo Tribunal Federal e manter a Lava Jato como a última instância do Poder Judiciário, o que, em última análise, representa o poder dela própria.

Para a emissora, é mais fácil manter sob controle os jovens procuradores de Curitiba do que encabrestar todos os experientes magistrados que ocupam a corte constitucional.

Na quinta-feira, foi a edição desonesta da cobertura da sessão do STF, ontem o editorial do jornal e hoje seus colunistas se empenham na tarefa de apresentar o STF como uma ameaça ao que seria o “novo Brasil”.

Qualquer semelhança com o discurso de Bolsonaro não é mera coincidência. A conversa de “novo Brasil” é a arma de ambos para atacar um projeto de desenvolvimento com inclusão social e soberania que deu certo nos governos de Lula e Dilma.

Se a preocupação da Globo agisse, como diz, a defesa de um país sem corrupção, começaria por fazer o dever de casa, já que é grande o passivo dela nessa área, conforme eu mesmo pude testemunhar, em reportagens recentes.

Estive em Road Town, capital das Ilhas Virgens Britânicas, onde a Globo disse que havia uma empresa com direitos de transmissão da Copa do Mundo que ela comprou. Era mentira.

A empresa só existia no papel, e era uma armação da própria família Marinho para não pagar impostos no Brasil.

Flagrada no crime, se safou graças à subtração do processo na Receita Federal por uma funcionária que é dona de um apartamento vizinho ao prédio onde Roberto Marinho tinha uma cobertura.

Estive também em Botelhos, perto de Poços de Caldas, onde Roberto Irineu Marinho tem uma fazenda que produz o café Orpheu. Graças a Aécio Neves, o amigo dos Marinhos na época, foi feita uma estrada para desviar o tráfego que cortava a propriedade.

Quando estive lá, vi que a antiga estrada, um bem público, é tratada como se fizesse parte da propriedade. Fui ameaçado pelo administrador, embora me encontrasse num espaço público.

Ele me expulsou de lá e depois colocou quatro homens armados para impedir que eu entrasse em um bem que, repita-se, é público.

Em Paraty, no litoral fluminense, a família construiu ilegalmente um triplex, em área de proteção ambiental. Instalou  até piscina na areia da praia, um bem público, guardada por seguranças armados.

O processo para obrigar a implosão da mansão se arrasta há mais de oito anos e por ele já passou até a procuradora Mônica Checker, ativista da Lava Jato, crítica contumaz do STF, sem que tenha avançado.

Na última vez que vi o processo, em 2017, a Justiça Federal tentava havia três anos intimar a dona de casa que aparece nos documentos de propriedade do triplex como procuradora dos verdadeiros donos do imóvel, escondidos atrás de uma offshore.

E quem são os donos?

Uma pista apareceu na Lava Jato: ao apreender documentos do escritório Mossack Fonseca, do Panamá Papers, encontrou papéis que ligam o triplex à Paula Marinho, filha de João Roberto Marinho.

A investigação foi abortada.

Globo e Lava Jato não estão preocupadas com a corrupção. Usam um instrumento de investigação em nome do Estado para alcançar poder.

No condomínio golpista que se instalou com a derrubada de Dilma Rousseff, cada um tem seu papel, e alguns brigam entre si, como Bolsonaro e Globo.

Mas a Globo não solta a mão da Lava Jato e nisso tem um elo físico. É Luís Roberto Barroso, que era prestador de serviços da emissora e hoje parceiro e uma espécie de tutor de Deltan Dallagnol.

Não estão preocupados com o Brasil. Investem contra ministros do Supremo porque querem fazer do pais refém de seu projeto.

Falam de um novo Brasil, como se as práticas da Globo não fossem a coisa mais antiga deste país, que remetem às capitanias hereditárias.

O Supremo deve se manter firme para não ceder à chantagem. Não precisa brigar com ninguém, basta seguir a Constituição, doa a quem doer.

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Veja o documentário sobre a sonegação da Globo:

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Fonte diariodocentrodomundo
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