Ouro, prata ou bronze? As medalhas da Tóquio 2020 serão feitas de lixo eletrônico!

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Metais retirados de aparelhos eletrônicos descartados. Essa é a matéria-prima a ser utilizada para a confecção das medalhas que serão entregues aos atletas nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020. O planeta agradece!

Como você sabe, a BH Recicla trabalha com a reciclagem de lixo eletrônico. Por essa razão, consideramos a ideia do Japão um excelente exemplo de ação em favor da sustentabilidade.

Tendo em mente que as Olimpíadas recebem atenção de todo o mundo e que a foto dos atletas com as medalhas é sempre aguardada, fazê-las com elementos do e-lixo só favorece o fortalecimento de uma mudança de visão e atitude quanto ao consumo e a reutilização de materiais diversos.

Continue lendo e entenda melhor o caso!

Os Jogos Olímpicos começaram na Grécia Antiga, por volta de 776 a.C. A história indica que, naquela época, o vencedor da corrida – que era a única modalidade esportiva existente – recebia uma coroa de ramos de oliveira como prêmio.

Foi apenas em 1986, ano que marcou o início da Era Moderna dos Jogos, que o uso de medalhas começou. Naquela época, o primeiro colocado em uma disputa recebia uma medalha de prata e o segundo uma medalha de bronze.

O ouro foi introduzido como premiação aos melhores atletas somente em 1904 e as medalhas foram feitas de material maciço até 1912. Desde então, passaram a ser confeccionadas a partir da combinação de diferentes materiais.

Nem tudo o que reluz é ouro (mas pode ser sustentável!)

Depois das Olimpíadas de 1912, as medalhas de ouro foram substituídas por medalhas de prata banhadas a ouro, marcando a introdução de outros materiais para a confecção dos prêmios.

Em 2016, quando o Rio de Janeiro foi sede dos Jogos Olímpicos, muito se falou sobre a composição das medalhas. Elas foram produzidas pela Casa da Moeda nacional, por meio de um processo que valorizava a sustentabilidade.

As medalhas de ouro foram feitas, na verdade, com cerca de 98,8% de prata, atendendo a determinação do Comitê Olímpico da quantidade mínima de 6 gramas de ouro 24 quilates. Ouro esse que estava totalmente livre de mercúrio (metal pesado, danoso ao meio ambiente).

Já as medalhas de prata e bronze contaram com 30% de material reciclado, sendo que as de bronze ainda continham 5% de zinco em sua composição. Além disso, a fita que segura as medalhas foi feita com 50% de fios PET, também reciclado.

As medalhas de e-lixo da Tóquio 2020

No post A reciclagem pelo mundo: conheça 3 países que são exemplo!, destacamos o Japão e a existência de indústrias especializadas em desmontar eletrodomésticos e enviar seus componentes para a reciclagem.

A combinação dessa prática ao apelo por ações mais sustentáveis, como as que estiveram presentes na Rio 2016, nos leva a criativa ideia do uso do lixo eletrônico na composição das medalhas da Tóquio 2020.

A decisão foi tomada há mais de três anos, quando o Comitê Olímpico do país compartilhou sua ideia de utilizar componentes de eletrônicos na confecção das sonhadas moedas de ouro, prata e bronze.

A conscientização sobre o e-lixo faz parte da proposta japonesa. Algo que, esperamos, seja repassado ao mundo todo, aproveitando a visibilidade dos Jogos Olímpicos e o interesse geral em acompanhar os momentos de entrega das medalhas.

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Fonte bhrecicla
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