Bancada Federal sobe tom contra Carlesse: ‘faz ataques descontrolados e de baixíssimo nível’
Governador comparou seus adversários a um 'tapete velho e sujo'.
A Bancada Federal do Tocantins subiu o tom contra o governador Mauro Carlesse (PSL) depois que ele comparou seus opositores a um ‘tapete velho e sujo’, mas sem citar nomes, durante solenidade em Gurupi, na segunda-feira (28).
A nota, enviada à imprensa pela assessoria do líder da bancada, deputado federal Tiago Dimas (SD), lamenta os ‘ataques descontrolados’ do governador contra deputados federais e senadores. “Em vez de conduzir um trabalho institucional pelo bem do Tocantins, o gestor opta por ataques de baixíssimo nível, utilizando expressões não condizentes com alguém que deve ditar os comandos para o bom funcionamento da gestão pública. Além disso, faz os ataques sem citar nomes, o que aponta falta de coragem”, dispara a nota da Bancada Federal.
Conforme a nota, de 2018 até 2020, a Bancada Federal foi responsável por um aporte de R$ 751 milhões para o Tocantins somente em emendas coletivas. Deste total, R$ 285,6 milhões foram diretamente para o Governo do Estado, administrado por Mauro Carlesse.
Além disso, segundo a nota, muitos outros milhões de reais foram garantidos para o Estado, bem como para o governo, via emendas individuais ou por articulação direta de parlamentares junto à União.
A Bancada Federal ainda alfineta Carlesse pelo fato de o Estado do Tocantins continuar com nota C no Tesouro Nacional, o que impede financiamentos como o da Caixa Econômica Federal, que vem se arrastando há anos.
“Para uma gestão que se arrasta com classificação C do Tesouro Nacional e consequentemente faz poucos investimentos, ter um comandante que faz chacota e insulta deputados e senadores que garantem os recursos necessários para o bem do Estado é um contrassenso gigante que beira o descaso”, diz a nota.
A bancada finaliza a nota afirmando que todos os deputados federais e senadores do Tocantins jamais vão se furtar de ajudar os municípios, o Estado e sua população, apesar da ‘falta de discernimento do governador’.