Ricardo Barros nega envolvimento com Covaxin e se coloca à disposição da CPI

Segundo o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), Bolsonaro teria dito que líder do governo na Câmara teria "um rolo" na compra da vacina

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O líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), rebateu as acusações e suspeitas levantadas contra ele pelo deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) na última sexta-feira (25), em sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia. Em nota divulgada neste domingo (27), o deputado disse que “não há dados concretos ou mesmo acusações objetivas” contra ele e se colocou à disposição da CPI para prestar eventuais esclarecimentos.

Barros se referiu à versão de Luis Miranda de que Bolsonaro teria dito haver um “rolo” do líder do governo na compra da vacina Covaxin como um “impreciso diálogo” e sustentou que, na verdade, “o caso em questão seria sobre a empresa Global e a compra de medicamentos não entregues”, evento ocorrido quando ainda era ministro da Saúde no governo de Michel Temer (MDB). A Global é sócia da Precisa Medicamentos, empresa que fez a intermediação entre o governo federal e o laboratório indiano Bharat Biotech para a aquisição das vacinas Covaxin.

O político também explicou que a medida provisória que permitiu a compra de vacinas da Índia, e que recebeu uma emenda de sua autoria, também “foi motivo de emendas de oito parlamentares, entre eles o presidente da CPI da Covid, Omar Aziz”, e também do deputado Renildo Calheiros (PCdoB-PE), que é irmão do senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI.

Ricardo Barros havia cobrado a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pela aprovação de vacinas contra a Covid-19, entre elas a Covaxin. O líder do governo na Câmara indicou que a postura foi uma “defesa pública em favor de mais agilidade por parte da Anvisa” e que assumiu essa posição por ser um ex-ministro da Saúde e presidente da Frente Parlamentar da Indústria Pública de Medicamentos.

Barros disse ainda que Regina Célia Silva Oliveira, funcionária do Ministério da Saúde apontada pelo servidor Luis Ricardo Miranda, irmão do deputado Luis Miranda, como responsável por autorizar e fiscalizar a importação da Covaxin, não foi indicada ao cargo por ele.

O líder do governo na Câmara destacou que Regina Célia é servidora concursada desde 1995 e “ocupou mais de cinco cargos de livre nomeação em quatro gestões presidenciais anteriores ou ao longo do período de seis ministros da Saúde ao longo de sua carreira”.

A servidora chegou ao Ministério da Saúde por meio de concurso, mas foi designada para a função comissionada em 2018, quando Barros era ministro da Saúde.

“Reitero que sempre busquei a transparência e o diálogo na minha vida pública e me coloco à disposição para quaisquer esclarecimentos necessários à apuração da CPI”, encerrou o deputado Ricardo Barros.

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Fonte cnnbrasil
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