“A vacina boa é a que está disponível no posto”, diz Queiroga
Ministro pediu que brasileiros confiem na vacina e busquem a imunização completa com a 2ª dose
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que “vacina boa é a que está disponível no posto”. Em entrevista ao programa Brasil em Pauta da TV Brasil, exibida neste domingo (27.jun.2021), o ministro pediu para as pessoas confiarem na vacina contra a covid-19.
“Não é um processo self-service de vacina de ‘eu quero tomar essa, eu quero tomar aquela outra’. Há a segurança e vocês que nos assistem deve confiar nas vacinas contra a covid-19. Aliás, 85% da população brasileira quer tomar a vacina”, afirmou.
“A vacina boa é a que está disponível no posto e que é aplicada em cada um dos brasileiros. Todas essas vacinas foram avaliadas pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária]”, disse.
Queiroga também recomendou que os mais de 4 milhões de brasileiros que ainda não tomaram a segunda dose da vacina busquem a imunização completa. Ele reforçou que “via de regra” a recomendação é que as pessoas tomem a segunda dose e que procure o médico nos casos em que tenham ocorrido reação na primeira etapa da imunização.
O ministro reforçou a meta do governo de vacinar toda população adulta até o fim do ano e afirmou que o governo estuda como proceder para o ano que vem. Segundo Queiroga, o governo estuda se será necessário um reforço da vacina no ano que vem.
“Até setembro acima de 18 todos vão receber a primeira dose e até o final do ano todos vão receber a segunda dose de vacina e nós já estamos nos preparando para o ano de 2022“, afirmou.
No Brasil, mais de 70 milhões de brasileiros (33,6% da população) já tomaram a primeira dose da vacina. Com a imunização completa das duas doses, são cerca 25 milhões de pessoas (12% dos brasileiros).
GESTANTES
O ministro informou que a vacinação de grávidas com comorbidades é recomendada pelo Ministério da Saúde. Em maio, a vacinação das gestantes foi interrompida depois que uma mulher morreu após receber a dose da vacina de Oxford/AstraZeneca.
“Optou-se por retirar a AstraZeneca do Plano Nacional de Imunização para gestantes, mas na população em geral essa vacina é muito segura, muito efetiva”, afirmou. “Hoje a orientação é vacinar [as grávidas] com a Pfizer ou a Coronavac”, disse.
Segundo o ministro, para a decisão de retomar a vacinação de gestantes o governo “pesou o risco eventual da vacina, que pode ter efeitos adversos, com o risco de óbitos das gestantes que contraem a infecção pelo novo coronavírus”.
“Temos cerca de 3 milhões de gestantes e se verificou um número de óbitos e de casos elevados em gestantes pela covid-19, e nós sabemos que isso leva a síndromes respiratórias agudas graves”, citou. “Sendo assim, em face desse número de óbitos mais elevado em gestantes, e boa parte delas sem comorbidades, decidiu-se incluir as gestantes no Plano Nacional de Imunização.”
Para as grávidas que já tomaram a primeira dose da vacina de Oxford/AstraZeneca a orientação é só tomar a segunda dose após o puerpério -depois de 45 dias do nascimento do bebê. Queiroga afirmou que ainda não há uma recomendação definitiva para que as gestantes sem comorbidades se vacinem, mas uma decisão sobre o assunto deve ser divulgada pelo ministério “nas próximas semanas“.
“As gestantes são uma prioridade absoluta do Ministério da Saúde (…) A covid está aí mas nós vamos acabar com ela e vamos continuar cuidando com o coração das nossas gestantes”, declarou.