Pazuello terá de voltar à CPI e falar sobre Covaxin, diz senador Otto Alencar

Em entrevista à CNN, senador falou sobre rapidez e "tráfico de influência" na aquisição da vacina

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A compra da vacina da Covaxin entrou na mira da CPI da Pandemia, após o deputado federal Luis Miranda relatar suspeitas de corrupção envolvendo a aquisição do imunizante. Em entrevista à CNN nesta quinta-feira (24), o senador Otto Alencar (PSD-BA), titular da CPI da Pandemia, afirmou que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello terá que prestar novo depoimento para esclarecer as tratativas para a compra da Covaxin.

“Pazuello disse que saiu [do Ministério da Saúde] porque não queria pagar “pixuleco” para pessoas que transitavam e tinham influência no Ministério da Saúde. Quando ele foi ouvido na CPI ele não teve coragem de nomear as pessoas que ele disse que estavam recebendo esse pixuleco. Certamente ele vai ter que voltar a CPI para explicar e dar nome às pessoas que ele se referiu”, disse.

O ex-ministro Eduardo Pazuello participou na manhã desta quinta-feira (24) da reunião para redefinir a estratégia de defesa do governo para as acusações de irregularidades na aquisição da vacina Covaxin, a informação foi confirmada pelo senador Jorginho Mello (PL- SC) que esteve no encontro; a confirmação é do analista da CNN Caio Junqueira.

“A declaração do deputado governista, de que o presidente passou o caso para ele; ele vai ter que se explicar. Por que não tomou providências para não permitir que assinasse um contrato dessa natureza, com a vacina que estava ainda na terceira fase de experimentação na Índia, e também uma vacina comprada por 15 dólares, quando foi anunciada na Índia por um custo bem menor. Foi uma coisa feita muito rapidamente, o que não aconteceu com as outras vacinas, muitas coisas precisam ser explicadas”, afirmou Otto Alencar.

Em entrevista à CNN, o senador destacou que as tratativas para a compra da Covaxin foram feitas de forma muito rápida e indicou que “houve tráfico de influência” nas negociações.

“Uma história que não tem como explicar que não tem trafico de influência, para compra dessa vacina, foi muito rápido, foi em 40 dias”, afirmou. “Coisa que vai ser explicada amanhã com o depoimento do senhor Ricardo Miranda. Por que colocar a Precisa para ser a empresa a intermediar essa compra? Por que essa coincidência toda? Essas explicações não me convenceram, vamos apurar amanhã a partir das 14h. Um funcionário de carreira dar uma declaração dessa, ele deve estar embasado”, acrescentou o senador, se referindo ao irmão do deputado Luis Miranda, servidor da pasta da saúde.

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Fonte cnnbrasil
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