Japão diz que estratégia militar da China não é clara, mas preocupa
Por Robin Emmott
BRUXELAS (Reuters) – O Japão disse nesta quinta-feira que as intenções militares da China não são claras e que a expansão rápida das Forças Armadas daquele país é uma preocupação séria, circunstâncias que exigem que a Europa, os Estados Unidos e outras nações asiáticas se unam para confrontar Pequim.
“A China está fortalecendo sua capacidade militar muito rapidamente, e não temos certeza de quais são as intenções chinesas”, disse o ministro da Defesa japonês, Nobuo Kishi, ao subcomitê de Segurança e Defesa do Parlamento Europeu.
“E estamos seriamente preocupados com isso”, disse ele em uma videochamada.
Na segunda-feira, líderes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) disseram pela primeira vez que a ascensão da China apresenta “desafios sistêmicos”. A viagem de oito dias do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, à Europa se concentrou em angariar apoio a uma estratégia norte-americana para conter o poderio chinês crescente.
A missão da China na União Europeia refutou a Otan e se disse “comprometida com uma política de defesa que é de natureza defensiva”.
Kishi disse a parlamentares da UE que os mísseis balísticos da China, sua decisão de aumentar seu orçamento de defesa para quatro vezes o do Japão e sua militarização de ilhas no Mar do Sul da China precisam ser “observados vigilantemente” para se “preservar a paz”.
A China tem a maior Marinha do mundo, com um número maior de navios de batalha e submarinos do que os EUA, a maior potência militar global, de acordo com dados norte-americanos baseados em eventos de 2019.
(Por Robin Emmott)