Nacionalistas israelenses marcham em Jerusalém e aumentam tensões com palestinos
Por Stephen Farrell e Rami Ayyub
JERUSALÉM (Reuters) – Milhares de nacionalistas de extrema-direita marcharam em uma passeata cheia de bandeiras em Jerusalém Oriental nesta terça-feira, em um evento que reacendeu as tensões com os palestinos e apresentou um desafio para o novo governo do país em seus primeiros dias.
No mês passado, os confrontos entre israelenses e palestinos na contestada Jerusalém ajudaram na escalada que levou a 11 dias de confrontos entre Israel e o Hamas, grupo militante islâmico que comanda a Faixa de Gaza.
Nesta terça, policiais israelenses da cavalaria e da tropa de choque isolaram áreas que levam ao Portão de Damasco da Cidade Antiga, liberando a área antes que manifestantes palestinos chegassem.
Dançando e cantando “o povo de Israel vive”, a multidão, composta em sua maioria por judeus religiosos, muitos deles portando bandeiras azuis e brancas, encheu a praça em frente ao portão, que normalmente é um ponto de reuniões sociais para os palestinos.
“Vejam bem a nossa bandeira. Vivam e sofram”, gritou em hebraico um manifestante com um megafone em uma das mãos e um charuto em outra a comerciantes palestinos que estavam do outro lado das barreiras montadas pela polícia em uma rua de Jerusalém Ocidental.
Israel, que ocupou Jerusalém Oriental em uma guerra em 1967 e depois anexou a região em uma medida que não conquistou o reconhecimento internacional, considera a cidade inteira como sua capital. Os palestinos querem que Jerusalém Oriental seja a capital de um futuro Estado palestino que incluiria a Cisjordânia e Gaza.