O que mata não é quem manda dinheiro para estádio, é quem desvia, diz Bolsonaro

Presidente ataca cúpula da CPI Defende Copa América no Brasil

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O presidente Jair Bolsonaro se dirigiu à cúpula da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid no Senado para rebater críticas a sua decisão de trazer a Copa América para o Brasil. “Renan Calheiros, o que mata gente não é quem manda dinheiro para estádio, é quem desvia dinheiro do estádio”, disse em transmissão ao vivo nas redes sociais nesta 5ª feira (3.jun.2021).

O mandatário chamou o relator da CPI de “recordista de inquéritos” no Supremo Tribunal Federal e afirmou que o presidente do colegiado, Omar Aziz (PSD-AM), seria um “PhD em desvio” de recursos.

Após o governo brasileiro aceitar trazer o torneio de seleções para o país, Renan Calheiros (MDB-AL) já se referiu à Copa América como “campeonato da morte” e à transferência da sede para o Brasil como suicídio.

Na 4ª feira (2.jun), o presidente, o relator e o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), emitiram nota pública logo após o pronunciamento em cadeia nacional de Bolsonaro em que apontam que a inflexão do presidente em celebração à compra de vacinas contra o novo coronavírus vinha com um “atraso fatal”.

Na live, o presidente sugeriu, ainda, que a comissão teria o poder de convocá-lo se aprovar um requerimento nesse sentido. Mas emendou, na sequência, que não aceitaria comparecer se fosse convidado por “uma figura desqualificada como Renan Calheiros ou Omar Aziz“.

 

 

Uma das tônicas da CPI nas últimas semanas foi o detalhamento sobre as tratativas do governo federal com a Pfizer no 2º semestre do ano passado. Na live de hoje (5ª), Bolsonaro alegou que, desde as primeiras comunicações, em agosto, a farmacêutica oferecia imunizastes que seriam entregues em 2021. Ele não especificou o mês para o qual a empresa prometia os primeiros lotes.

Tem alguns idiotas que falam que aqui podia ter vacinado o pessoal em novembro do ano passado”, reclamou o chefe do Planalto.

PAZUELLO

No início da transmissão, ele discursou sobre procedimentos disciplinares nas Forças Armadas, mas não citou, em nenhum momento, o general da ativa e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, nomeado esta semana como secretário de Estudos Estratégicos da Presidência.

Nesta 5ª feira, o comandante do Exército, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, anunciou a decisão de não punir Pazuello por participar do ato político ao lado do presidente em 23.mai, no Rio de Janeiro (RJ).

Quando o assunto era o contrato com a AstraZeneca para a transferência de tecnologia da vacina contra a covid-19 para a Fiocruz, contudo, Bolsonaro elogiou o desempenho do oficial no governo.

[O acordo de transferência de tecnologia] é fantástico e começou com o Eduardo Pazuello lá atrás, nosso ministro da Saúde”, comentou. “Não é que acabou o tempo, mas ele chegou no limite dele, achamos melhor colocar alguém mais técnico, mais voltado pra Saúde em si, porque tinha que ser feita muita coisa na saúde, tinha muita coisa errada lá”, completou.

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Fonte poder360
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