BTG Pactual compra Empiricus e Vitreo por R$ 690 milhões

Aquisição do Grupo Universa é novo passo na estratégia de ganho de escala do BTG Pactual digital, a divisão do banco voltada para o investidor de varejo

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BTG Pactual (BPAC11) anunciou ao mercado nesta manhã de segunda-feira, 31 de maio, a aquisição integral do Grupo Universa, que reúne as empresas Empiricus, Vitreo, Money Times, Seu Dinheiro e Real Valor. O valor do negócio é de 690 milhões de reais, dos quais 440 milhões de reais em dinheiro à vista e 250 milhões de reais em units do banco. Poderá haver ainda desembolso de valores adicionais nos próximos quatro anos condicionado a metas.

Para o BTG (do mesmo grupo que controla a EXAME), o negócio se insere na estratégia de ganho de escala e de rentabilizar o investimento superior a 1 bilhão de reais realizado na plataforma digital.

“O negócio é resultado de um relacionamento de longo prazo e construído com base no respeito e na admiração mútua, mas somente recentemente começamos a falar sobre parcerias e outras alternativas mais concretas”, disse Marcelo Flora, sócio responsável pelo BTG Pactual digital, sobre a compra do Grupo Universa.

A Universa, por sua vez, ganha musculatura financeira e de desenvolvimento para ampliar sua atuação junto ao investidor pessoa física. Segundo o comunicado, as marcas vão continuar a atuar de maneira separada do BTG, com independência editorial e para criação de produtos, mas serão exploradas sinergias operacionais e estratégicas.

A Empiricus é a maior e mais conhecida casa de análises do país, com 425.00 clientes. Foi fundada em 2009 por Felipe Miranda, Caio Mesquita e Rodolfo Amstalden. Eles continuarão à frente da operação.

A Vitreo, que nasceu como gestora em 2018 e se transformou em corretora, tem atualmente 11 bilhões de reais sob custódia. Tem como sócios-fundadores George Wachsmann, o Jojo, que é o CIO (head de investimentos), Patrick O’Grady, Paulo Lemann e Alexandre Aoude, entre outros. Wachsmann continuará à frente da Vitreo.

Tem crescido a um ritmo médio de 4% ao mês, com apelo junto a investidores de varejo por replicar em parte as recomendações da Empiricus e por lançar fundos temáticos, como os de tecnologia na Ásia e o de cannabis.

Estratégia de negócios

Ao longo dos dois últimos anos, o BTG tem acelerado o crescimento de sua plataforma digital voltada para o investidor de varejo, tanto de forma orgânica como por meio de aquisições.

É uma lista que inclui Fator Corretora, Kawa Capital, Kinvo, Necton Investimentos, Ourinvest e Network Partners, para ficar nos negócios mais conhecidos no mercado de capitais, além da sociedade com a EQI Investimentos, a Acqua-Vero Investimentos e outros escritórios de agentes autônomos.

Em setembro do ano passado, no lançamento do banco digital BTG+, o CEO do BTG, Roberto Sallouti, destacou que a unidade de varejo digital vinha ganhando peso nas receitas, no número de funcionários e no resultado do banco trimestre a trimestre. Segundo ele, a unidade pode chegar a responder por 50% do resultado em até cinco anos.

O BTG Pactual digital atua por meio de quatro grandes canais:

1) B2C: foi a primeira operação e que conta com o marketing online para a aquisição de clientes.

2) B2B: É a operação que foi resultado da aquisição da Network Partners em 2018. É a frente dos agentes autônomos, que tem crescido de forma orgânica e por meio de parcerias com alguns dos maiores escritórios do país.

3) Advisors: Frente que nasceu a partir da aquisição da Ourinvest em 2019. Os assessores são funcionários e comissionados.

4) Necton: É a frente que atua de forma independente, com forte atuação junto a investidores institucionais, que respondem por mais da metade das receitas nesse canal. Veio da aquisição anunciada em outubro passado.

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Fonte exame
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