Coreia do Sul entra para o programa Artemis e espera chegar à lua até 2030
A Coreia do Sul se tornou o décimo país a assinar o acordo Artemis, que consiste em um conjunto de princípios que estabelecem a exploração responsável da Lua. O nome do acordo se dá por conta do programa Artemis, da Nasa, que tem o objetivo de restabelecer a presença humana na Lua e em sua órbita até o final da década de 2020.
“Estou emocionado que a República da Coreia se comprometeu com os acordos Artemis. Sua assinatura demonstra o forte impulso em todo o mundo no apoio à nossa abordagem de exploração Lua-Marte”, disse o administrador da Nasa, Bill Nelson, ao Space.com.
Além dos sul-coreanos e dos Estados Unidos, Austrália, Canadá, Itália, Japão, Luxemburgo, Ucrânia, Reino Unido e Emirados Árabes Unidos já haviam assinado os acordos. A Coreia do Sul, no entanto, é o primeiro país a assinar o acordo durante o mandato do democrata Joe Biden.
O interesse da Coreia do Sul por chegar à lua tem crescido nos últimos meses, principalmente após uma declaração do presidente, Moon Jan-in, feita no mês de março. Na ocasião, o mandatário declarou que pretende enviar seu próprio módulo de pouso para nosso satélite natural até 2030. Para isso, eles pretendem usar um foguete desenvolvido internamente para lançar uma sonda robótica.
“Vamos promover ativamente projetos desafiadores de exploração espacial que se baseiam na base alcançada pelo desenvolvimento de um veículo de lançamento coreano”, disse Moon. “Em 2030, alcançaremos nosso sonho de pousar na lua usando nosso próprio veículo de lançamento. A proeza tecnológica, a experiência e a confiança que serão adquiridas com a exploração da lua, o primeiro passo na exploração espacial, fornecerão uma base sólida para desenvolvimento do espaço”.
A Coreia do Sul no espaço
O presidente sul-coreano também anunciou que planeja estudar a viabilidade de uma missão para estudar o asteroide Apophis, que fica próximo à Terra. Porém, o político deu poucos detalhes, tanto sobre o pouso lunar, quanto sobre a missão no Apophis.
O país trabalha em um foguete de combustível de três estágios conhecido como Veículo de Lançamento Espacial da Coreia, também conhecido como Nuri, e seu primeiro voo está planejado para acontecer em outubro deste ano.
O Instituto de Pesquisa Aeroespacial da Coreia (Kari) também está trabalhando no desenvolvimento do Satélite Desbravador Lunar da Coreia (KPLO), que será lançado em um foguete Falcon 9, da SpaceX, em agosto de 2022, como parte dos planos de exploração lunar do país.
A KPLO levará uma câmera com resolução de 5 metros, uma polarizada de campo amplo, um sensor de campo magnético, um sensor de raios gama e uma carga útil de teste de internet espacial, todos desenvolvidos na Coreia. O sexto dispositivo, uma ShadowCam, será fornecida pela Nasa e terá a função de observar a luminosidade de regiões permanentemente sombreadas para mapear possíveis depósitos de água congelada.